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Facebook endurece controle de postagens após boicote publicitário

27 jun 2020 - 12h41
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Empresa anuncia novas medidas contra discurso de ódio em anúncios publicitários e afirma que vai marcar postagens de campanha eleitoral para direcionar usuários a informações oficiais.O Facebook anunciou nesta sexta-feira (26/06) que vai começar a marcar posts que violem as suas regras, bem como acrescentar um link informativo a postagens de campanha eleitoral nos EUA, direcionando os usuários a informações oficiais.

Zuckerberg vinha se recusando a tomar medidas em relação a posts polêmicos
Zuckerberg vinha se recusando a tomar medidas em relação a posts polêmicos
Foto: DW / Deutsche Welle

A plataforma irá também elevar o combate ao discurso de ódio em anúncios publicitários, proibindo aqueles que afirmarem que pessoas de certas origens, etnias, nacionalidades, sexo ou orientação sexual representam uma ameaça à segurança ou saúde de outros, anunciou o diretor da empresa, Mark Zuckerberg, num comunicado divulgado através do seu perfil do Facebook.

Da mesma forma, a empresa vai ampliar suas regras para proteger melhor imigrantes, refugiados ou solicitantes de refúgio de anúncios que sugerem que eles sejam inferiores.

Há várias semanas que o Facebook enfrenta uma pressão crescente da sociedade civil americana, bem como de alguns dos seus empregados, utilizadores e clientes, para melhor regular os conteúdos que incitam ao ódio. O anúncio desta sexta-feira significa uma mudança de posição em relação à moderação de conteúdos nas redes sociais da empresa.

Zuckerberg adiantou que serão marcadas todas as mensagens, incluindo as de políticos, que quebrem as regras da rede social, e que serão removidas mensagens que incitam à violência ou desestimulem pessoas a votar.

A empresa confirmou que uma polêmica mensagem do presidente Donald Trump, que sugeria que os votos por correspondência levariam à fraude eleitoral nos Estados Unidos, também seria marcada.

Zuckerberg vinha se recusando a tomar medidas em relação a mensagens de Trump. O Twitter, pelo contrário, marcou ou ocultou alguns posts do presidente.

Nesta sexta-feira, o grupo Coca-Cola anunciou a suspensão por 30 dias de toda sua publicidade em redes sociais, pouco depois de a companhia Unilever, que agrupa marcas como Dove e Hellmann's, a montadora Honda, a empresa de telefonia Verizon e a empresa Levi Strauss anunciarem medidas semelhantes.

AS/lusa/rtr/afp

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