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Ex-advogado de Trump não quer perdão presidencial, diz representante

22 ago 2018 - 10h58
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Michael Cohen, ex-advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não aceitaria um perdão presidencial, disse o advogado dele nesta quarta-feira, um dia depois de Cohen se declarar culpado de oito acusações criminais e dizer ter agido sob orientação de Trump.

Michael Cohen, ex-advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump 21/08/2018 REUTERS/Carlo Allegri
Michael Cohen, ex-advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump 21/08/2018 REUTERS/Carlo Allegri
Foto: Reuters

Em uma série de entrevistas na televisão, o advogado de Cohen, Lanny Davis, disse que o ex-advogado de longa data de Trump não quer ter nenhuma ligação com o que vê como um abuso presidencial do poder de clemência por Trump.

Cohen também questionou a lealdade de Trump aos EUA e o considera inepto para o cargo, acrescentou Davis.

"Ele não quer nem irá querer nada de Donald Trump", afirmou Davis à rede MSNBC.

No depoimento dramático que deu na terça-feira, Cohen disse a um tribunal federal de Manhattan que Trump o instruiu a planejar pagamentos antes da eleição presidencial de 2016 para silenciar duas mulheres que disseram ter tido um caso com o então candidato. Ele admitiu sua culpa em acusações de sonegação fiscal, fraude bancária e violações de finanças de campanha.

Sua confissão coincidiu com a ocasião em que Paul Manafort, ex-gerente de campanha de Trump, foi condenado por oito acusações em um julgamento de fraude tributária derivado de uma investigação federal sobre interferência da Rússia na eleição presidencial de 2016 e uma possível coordenação com a campanha de Trump.

As duas condenações aumentam a pressão política sobre o presidente e seus colegas republicanos antes das eleições parlamentares de novembro, nas quais os democratas almejam retomar o controle do Congresso, e sobre Trump pessoalmente.

Representantes da Casa Branca não responderam de imediato a pedidos de comentário indagando se Trump cogitaria perdoar Cohen, mas o próprio Trump rejeitou seu ex-advogado em uma postagem no Twitter nesta quarta-feira.

"Se alguém estiver procurando um bom advogado, sugiro enfaticamente que não contrate os serviços de Michael Cohen!", disse.

Rudy Giuliani, atual consultor de Trump, disse não haver alegação de irregularidade nas acusações contra Cohen.

Embora Cohen não tenha mencionado Trump no tribunal na terça-feira, Davis voltou a acusar o presidente nesta quarta-feira de estar diretamente envolvido.

Davis disse acreditar que Cohen tem informações que seriam de interesse do procurador especial Robert Mueller, e na entrevista que concedeu à MSNBC nesta quarta-feira insinuou estarem diretamente ligadas às tentativas russas de interferir na votação de 2016.

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