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EUA não são confiáveis, diz líder do Irã à Coreia do Norte

9 ago 2018 - 08h16
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O presidente do Irã, Hassan Rouhani, disse ao ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte que os Estados Unidos não são confiáveis, noticiou a mídia estatal de Teerã, no momento em que os EUA buscam um acordo para deter os programas nuclear e de mísseis norte-coreanos.

Presidente do Irã, Hassan Rouhani 04/07/2018 REUTERS/Lisi Niesner
Presidente do Irã, Hassan Rouhani 04/07/2018 REUTERS/Lisi Niesner
Foto: Reuters

O Irã rejeitou uma oferta de última hora de Washington para conversar nesta semana, dizendo que não pode negociar mais uma vez que o governo do presidente Donald Trump renegou um acordo de 2015 mediante o qual sanções foram suspensas em troca de limites ao programa nuclear iraniano.

A visita de Ri Yong Ho, o diplomata mais graduado da Coreia do Norte, ao Irã coincidiu com a retomada das sanções norte-americanas contra a República Islâmica.

"A atuação do governo dos EUA nestes anos levou o país a ser considerado indigno de confiança e de credibilidade em todo o mundo, o que não cumpre nenhuma de suas obrigações", disse Rouhani a Ri na quarta-feira, segundo a Agência de Notícias da República Islâmica (Irna).

"Na situação atual, países amistosos deveriam desenvolver suas relações e cooperação na comunidade internacional", disse ele, acrescentando que o Irã e a Coreia do Norte "sempre tiveram opiniões semelhantes" em muitas questões.

Ri viajou a Teerã depois de participar de um fórum de segurança em Cingapura, onde ele e o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, discutiram duramente a respeito de um acordo firmado durante a cúpula história de junho entre Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong Un.

Na ocasião os dois lados se comprometeram a trabalhar pela desnuclearização da Coreia do Norte, mas desde então mostram dificuldades de chegar a um acordo para atingir este objetivo. Pyongyang vem desenvolvendo seus programas de armas em desafio a resoluções e sanções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ri disse a Rouhani que a desfiliação de Washington do pacto de 2015 e a restauração de sanções são "uma ação contra as regras e normas internacionais", relatou a Irna.

"A política estratégica da Coreia do Norte é aprofundar as relações com a República Islâmica do Irã e confrontar o unilateralismo".

Trump decidiu restaurar as sanções contra Teerã apesar dos pedidos de outras potências mundiais que também patrocinaram o acordo, entre eles os principais aliados de Washington na Europa, Reino Unido, França e Alemanha, além da Rússia e da China.

As sanções já levaram bancos e muitas empresas de todo o mundo a reduzirem suas transações com o Irã. Na terça-feira Trump disse que empresas que fizerem negócios com o Irã serão barradas nos EUA.

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