Estadão promove debate sobre combate à corrupção em parceria com instituto
Adriana Ventura, Alessandro Molon, Alvaro Dias e Roberto Livianu participaram de evento mediado por Eliane Cantanhêde
O Estadão realizou nesta quinta-feira, 9, em parceria com o Instituto Não Aceito Corrupção, o evento "Em busca dos melhores caminhos contra a corrupção", transmitido pela TV Estadão nas plataformas digitais do jornal e pelo canal do instituto no YouTube.
O encontro reuniu a jornalista e colunista do Estadão Eliane Cantanhêde, o presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, Roberto Livianu, e parlamentares: a deputada federal Adriana Ventura (Novo-SP), o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) e o senador Alvaro Dias (Podemos-PR).
Veja aqui o debate:
O evento ocorreu no dia internacional de combate à corrupção, comemorado nesta quinta-feira. Para Livianu, promotor do Ministério Público de São Paulo, a ideia é debater assuntos como o orçamento secreto, revelado pelo Estadão, a prática das "rachadinhas" e discussões sobre a Lei de Improbidade, Lei da Ficha Limpa, a não extinção do foro privilegiado e a prisão em segunda instância.
Ele destacou a participação de congressistas que protagonizam o debate sobre o tema. "Queremos que essas três figuras emblemáticas de espectros políticos diferentes apresentem as suas preocupações, ideias, sugestões e caminhos para o combate à corrupção para termos os melhores caminhos", disse Livianu.
Para a deputada Adriana Ventura, é preciso que o tema continue sendo debatido em diferentes níveis para que "mais luz" seja colocada no tema. Transparência, disse a parlamentar, é uma "arma poderosíssima" contra a corrupção. "Precisamos aumentar os mecanismos de controle, aumentar os instrumentos para a fiscalização e, finalmente, deixar a punição mais severa e efetiva", afirmou. "Não dá para os ladrões terem a certeza de que sairão impunes, não dá para ter foro privilegiado para 55 mil autoridades."
Entre as agendas defendidas por ela estão a da prisão em segunda instância. Para o senador Alvaro Dias é fundamental a institucionalização de uma política de Estado de combate à corrupção permanente. Os dois principais temas para o avanço da pauta, na opinião dele, são a extinção do foro privilegiado e o restabelecimento da prisão em segunda instância. "A adição das duas medidas significaria um salto civilizatório. Teríamos uma Justiça que se equiparará ao dos países mais evoluídos do mundo", afirmou.