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 Como foi o massacre  de 111 presos em 1992


  
O poder das quadrilhas nas cadeias de São Paulo

Foto: AJB
Detentos penduraram faixas do PCC em pavilhão do Carandiru
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A ineficiência do sistema penitenciário de São Paulo ficou aparente em 18 de fevereiro de 2001, quando a quadrilha Primeiro Comando da Capital (PCC) organizou uma rebelião em presídios espalhados em 19 cidades por todo o Estado, fazendo com que quase 25 mil detentos aprisionassem agentes penitenciários e visitantes, entre estes mulheres e crianças. Pelo menos 16 detentos foram mortos durante as rebeliões.

A força do PCC é demonstrada pelo dia da rebelião. Feitos em um domingo, dia de visitas, os motins tiveram como reféns os familiares dos próprios presos, para protestar contra a retirada de cinco líderes da quadrilha do Carandiru. Só nesta penitenciária, mais de oito mil detentos se rebelaram, fazendo cerca de sete mil pessoas reféns (destas, perto de 1,7 mil crianças). A cantora Simony, que visitava o marido Afro-X, foi mantida como refém, mesmo estando grávida.

O governo paulista não cedeu às pressões dos rebelados, que pediam a volta dos cinco líderes do PCC ao Carandiru. Os secretários da Segurança Pública, Marco Vinício Petreluzzi, e o da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, encerraram as negociações às 16h30 e anunciaram que as discussões, naquele momento, só seriam feitas para evitar a invasão dos presídios pela Tropa de Choque.

Durante toda a tarde de domingo, vários presídios foram encerrando pacificamente as rebeliões, mas em outras, como em Franco da Rocha, Hortolândia e Campinas, a Tropa de Choque teve que invadir pelo menos o pátio das penitenciárias rebeladas. No início da noite de domingo, as negociações avançaram no Carandiru e perto de vinte reféns foram libertados, mas a rebelião continuou na maioria dos pavilhões até o começo da manhã de segunda, quando cada vez mais reféns foram sendo libertados. Só no início da tarde de segunda-feira todas as rebeliões foram controladas e todos os reféns, libertados.

A onda de violência só terminou na madrugada desta quarta-feira (21), quando a Tropa de Choque reprimiu uma nova rebelião na Penitenciária I de Pirajuí. O segundo motim deixou dois presos mortos e outros quatro feridos em estado grave.

Redação Terra

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