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Espanha aceita sediar COP25 no lugar do Chile

1 nov 2019 - 15h40
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Cancelada devido a protestos no Chile, cúpula do clima se realizará em Madri. Ativista ambiental Greta Thunberg pede carona para nova travessia marítima do Atlântico.A próxima Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas (COP25) será realizada em Madri, Espanha, após a desistência do Chile de organizar o evento, devido aos protestos populares que abalam o país.

Madri é nova sede da cúpula climática
Madri é nova sede da cúpula climática
Foto: DW / Deutsche Welle

A confirmação da nova sede foi feita nesta sexta-feira (01/11), em comunicado, pela secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCC), Patricia Espinosa: "Temos o prazer de anunciar que a mesa da COP concordou que a COP25 seja realizada entre 2 e 13 de dezembro em Madri, na Espanha."

O anúncio inclui uma antecipação do início do evento, que estava previsto para a capital chilena entre 6 e 13 de dezembro, reunindo 25 mil delegados internacionais. O presidente interino do governo da Espanha, Pedro Sánchez, foi quem comunicou a disposição do país de receber o encontro climático ao presidente chileno, Sebastián Piñera.

O Chile assumiu a presidência e organização da COP25 depois da desistência do Brasil. Ainda no período de transição antes de tomar posse, o presidente Jair Bolsonaro, cético notório da mudança climática, se desligou do evento, alegando falta de recursos.

Na quarta-feira, contudo, Piñera, por sua vez, anunciou "com profunda dor" que desistia de sediar tanto o COP25 quanto o Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), em razão das abrangentes e em parte violentas manifestações que atravessam o país há quase duas semanas.

"Sentimos e lamentamos profundamente os problemas e os inconvenientes que esta decisão representará tanto para a Apec como para a COP-25, mas, como presidente de todos os chilenos, tenho que sempre pôr os interesses e necessidades deles em primeiro lugar", declarou o chefe de Estado.

Greta pede carona

Para a ativista do clima Greta Thunberg, isso significa voltar a atravessar o Oceano Atlântico de barco. "Acontece que dei meia volta ao mundo - na direção errada", escreveu a sueca de 16 anos no Twitter. "Agora preciso encontrar uma possibilidade de cruzar o Atlântico em novembro. Se alguém puder me ajudar a encontrar transporte, eu ficaria tão grata."

Entre meados e fim de agosto, Thunberg viajou de veleiro entre a Europa e a América, recusando-se a tomar um avião em nome da proteção do clima. Ela falou na Organização das Nações Unidas, em Nova York, em 23 de setembro, porém a COP25 em Santiago do Chile também fora um motivo para a penosa travessia atlântica.

AV/efe,afp,dpa

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