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Em São Paulo, Marcio França surpreende no 2º turno e Suplicy fica fora do Senado

Marcio França (PSB) surpreendeu e disputará o segundo turno com Doria (PSDB); Major Olímpio (PSL) e Mara Gabrilli (PSDB) tiram petista do Congresso

7 out 2018 - 23h50
(atualizado em 8/10/2018 às 07h26)
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GOVERNO DO ESTADO

Os candidatos ao governo do Estado de São Paulo João Doria (PSDB) e Márcio França(PSB) disputarão a vaga no segundo turno. Doria ficou com 31,77% dos votos e França, 21,53%.

França foi a grande surpresa do pleito. Ele já vinha mostrando uma trajetória de melhora nas pesquisas Ibope, mas estava atrás de Paulo Skaf (MDB), em terceiro lugar, até o último levantamento, no sábado, atrás dele em 12 pontos. O emedebista terminou com 21,09% dos votos.

Há 16 anos não se via um segundo turno no Estado. Na última vez em que isto ocorreu, o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) enfrentou o petista José Genoino. Em seguida, foram três vitórias tucanas consecutivas em primeiro turno, com José Serra (2006), e Alckmin (2010 e 2014).

SENADO

Surfando na onda antipetista que só cresceu em São Paulo desde 2014, os deputados federais Major Olímpio (PSL), de 56 anos, e Mara Gabrilli (PSDB), de 51, conquistaram neste domingo, 7, as duas vagas paulistas em disputa no Senado, desbancando o favoritismo do vereador Eduardo Suplicy (PT), de 77. Aliado do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), Olímpio obteve 8,8 milhões de votos (25,8%), a quinta maior votação de um senador da história, enquanto a tucana registrou 6,4 milhões de votos (18,6%).

Após liderar as pesquisas desde o início da campanha, Suplicy ficou apenas em terceiro, com 4,5 milhões de votos (13,3%). Essa foi a segunda derrota consecutiva do petista, que não conseguiu se reeleger em 2014, quando José Serra venceu a disputa com 58% dos votos, após ter ficado 24 anos - três mandatos consecutivos - no Senado. O deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB) obteve 9% dos votos válidos, seguido por Maurren Maggi (PSB), com 8,5%, e Mário Covas Neto (Podemos) e Jilmar Tatto (PT), ambos com 6% cada.

DEPUTADOS FEDERAIS

Filho do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PSL) bateu o recorde de votos absolutos para a Câmara dos Deputados, com mais de 1,8 milhão, desde a redemocratização. Antes dele, era o ex-candidato à Presidência Enéas Carneiro, do extinto Prona, quem ocupava o posto. Em 2002, ele se elegeu com 1.537.642 votos (8,02%). Há quatro anos, Eduardo foi eleito para o seu primeiro mandato com 82,2 mil votos.

Com apenas um partido na sua coligação em São Paulo, a legenda elegeu nove deputados, quatro deles puxados pela alta votação do filho de Bolsonaro e da jornalista Joice Hasselmann, que também obteve mais de um milhão de votos. Se todos os nomes forem confirmados pela Justiça Eleitoral, o PSL terá bancada de 56 deputados.

Os dois candidatos de Bolsonaro no Estado saíram na frente do apresentador de televisão Celso Russomanno (PRB), o mais votado na disputa em 2014. Neste ano, ele recebeu 497 mil votos. Depois dele, aparece outro líder dos protestos pró-impeachment de Dilma Rousseff (PT), Kim Kataguiri (DEM), do MBL, com 442 mil votos. Ele desbancou o palhaço Tiririca (PR), que também foi reeleito.

Estadão
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