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Em evento com Forças Armadas, Temer defende previdência diferenciada para militares

Presidente ouviu reivindicações de porta-voz do Exército, Marinha e Aeronáutica, que pediu equipamentos melhores e aumento salarial

13 dez 2018 - 16h08
(atualizado às 17h02)
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BRASÍLIA - O presidente Michel Temer defendeu nesta quinta-feira (13) que os militares possam ter uma regime diferenciado para a Previdência. Em um almoço em que foi homenageado pelas três Forças Armadas, Exército, Marinha e Aeronáutica, Temer afirmou que elas precisam de um "tratamento especial" por suas especificidades. O presidente também ouviu, das Forças Armadas, reivindicações de que elas sejam bem equipadas e tenham seus profissionais bem pagos.

"Então quando eu observo as Forças Armadas no contexto da previdência e em outros contextos, eu aqui comigo digo e disse no passado, merece um tratamento especial, porque são tais as especificidades das Foças Armadas, das forças militares no geral, que há de haver um tratamento sempre diferenciado", afirmou o presidente.

Temer participou de um almoço em sua homenagem oferecido pelo ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, e pelos comandantes do Exército, Eduardo Villas Bôas, da Marinha, Eduardo Leal Ferreira, e da Aeronáutica, Nivaldo Rossato.

O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna também abordou o tema em um breve discurso. Ele elogiou Temer na condução da discussão sobre a reforma da Previdência, que acabou não sendo votada pelo Congresso. "Quando começaram as tratativas sobre a reforma da Previdência, o senhor fez questão de tratar separadamente o setor de proteção social das Forças Armadas", disse.

A reforma tem sido lembrada por Temer em discursos e eventos de que tem participado na reta final de seu governo. Ele costuma falar que gosta de ser lembrado como um presidente reformista e sempre lembra a seus ouvintes que a reforma em questão saiu da pauta do Congresso mas não da pauta política do país.

Modernização. Em mensagem lida por um orador em nome das três forças armadas, elas pediram um orçamento contínuo, equipamentos modernos e remuneração digna. "As Forças Armadas brasileiras não desejam ser empregadas em tempos de crise, mas, sim, impedir que as crises se instalem. As Forças Armadas têm contribuído para a manutenção da estabilidade no País", disse o orador.

Silva e Luna destacou que, ao longo de seu mandato, Temer interveio quando se fez necessário em momentos turbulentos, "não se tornando refém deles". "A história há de reconhecer o sacrifício e a dedicação das Forças Armadas que tem contribuído de maneira abnegada e frequente para a manutenção da estabilidade do Brasil."

Temer destacou que seu governo evitou crises justamente porque teve o auxílio das Forças Armadas. "Governei amparado por estas forças", disse.

Antes, o comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas fez um breve discurso em que agradeceu protocolarmente o presidente e seus companheiros. Em tom descontraído, ele afirmou que todos ao seu redor estão nostálgicos e contou que a primeira-dama, Marcela Temer, lhe disse que já está preparando a mudança. O general disse ainda estar preocupado porque, "pela primeira vez em 52 anos, ficará desempregado".

Villas Bôas também mencionou os futuros comandantes das Forças Armadas e brincou: "esse pessoal está de olho grande em nós, felizes que estamos indo embora". Em discurso, Temer classificou a fala do comandante como um "pronunciamento carinhosíssimo".

Estadão
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