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Yellen reforça argumentos sobre força da economia dos EUA antes de eleição presidencial

29 out 2024 - 09h30
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A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, está tentando recuperar a narrativa sobre o histórico econômico do governo do presidente Joe Biden nesta terça-feira, argumentando que os norte-americanos estão em uma situação melhor do que estavam quando o atual chefe do Executivo assumiu o cargo.

Em trechos de comentários feitos em uma conferência bancária, divulgados pelo Departamento do Tesouro uma semana antes da eleição presidencial de 5 de novembro, Yellen elogiou o crescimento econômico robusto dos EUA, a taxa de desemprego historicamente baixa, a queda da inflação e o aumento dos salários.

Atingidos pela inflação alta após a pandemia de Covid-19, muitos eleitores nos sete Estados cruciais que decidirão o vencedor da eleição têm ignorado os indicadores tradicionais da economia para se concentrar nos preços mais altos que agora pagam por suas necessidades e estão se inclinando em direção do candidato republicano e ex-presidente, Donald Trump.

Uma pesquisa Reuters/Ipsos deste mês mostrou que 61% dos eleitores dos Estados cruciais dizem que a economia está no caminho errado e 68% dizem que o custo de vida está no caminho errado.

Trump tem obtido uma pontuação melhor nas pesquisas no tema da economia do que a vice-presidente, Kamala Harris, sua oponente democrata, apesar do desempenho econômico robusto dos EUA que está impulsionando o crescimento global e superando os rivais.

Uma afirmação comum nos comícios de Trump é que os norte-americanos estão em uma situação pior do que há quatro anos.

Yellen, que tem exaltado os bilhões de dólares em investimentos estimulados por legislações de energia limpa, infraestrutura e semicondutores durante o governo Biden, procurou, em seus comentários à American Bankers Association, lembrar aos eleitores como as coisas estavam ruins no início de 2021.

"Quando o presidente Biden e a vice-presidente Harris assumiram o cargo, milhares de norte-americanos estavam morrendo todos os dias de Covid-19. A taxa de desemprego era 50% maior do que é agora", disse Yellen.

"Hoje, em contraste, a economia dos EUA é forte. Temos visto um crescimento econômico robusto, sustentado por sólidos gastos do consumidor e investimentos empresariais, mesmo com a inflação tendo caído significativamente em relação ao seu pico."

Dados mais positivos são esperados para esta semana, com a expectativa de que o crescimento do PIB do terceiro trimestre chegue a 3%, mas o aumento da criação de postos de trabalho deve ser contido pela greve da Boeing, que envolve 33.000 trabalhadores.

Yellen reconheceu que é necessário mais trabalho para reduzir o custo de vida, mas disse que os salários têm aumentado mais rapidamente do que os preços.

"Isso significa que o norte-americano típico pode comprar mais bens e serviços do que antes da pandemia. E os norte-americanos estão abrindo novas empresas em um ritmo recorde, refletindo o otimismo em relação à economia", disse ela.

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