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'Você dá dinheiro para mil brasileiros e um vai tomar pinga. Às vezes, vira presidente', diz Guedes

Ministro da Economia faz crítica indireta a Lula durante comentário sobre beneficiários de programas sociais

26 out 2022 - 18h10
(atualizado às 18h46)
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira, 26, que o governo está "botando dinheiro na veia de pobre" e que beneficiários de programas sociais podem escolher usar os recursos para "tomar uma pinga" e até "virar presidente", em uma crítica indireta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), adversário do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano.

"Nós estamos botando o dinheiro na veia, é pobre, dá para ele na mão. 'Não, mas ele pode beber'. Você quer monitorar, é o Estado babá? Você vai tomar conta do cara? Você dá dinheiro para mil brasileirinhos e 999 vão fazer a coisa certa. Um vai tomar uma pinga. Às vezes, até vira presidente", disse Guedes, durante participação em evento da Fucape Business School, em Vitória (ES).

O ministro afirmou que o Auxílio Brasil é três vezes maior do que outros programas sociais e garantiu que "a turma mais vulnerável está protegida". "Era 0,4% do PIB que eles davam em transferência de recursos com o Bolsa Família, nós fizemos o Auxílio Brasil, que é 1,5% do PIB, então é três vezes mais", disse Guedes.

O ministro ainda afirmou que, para "ajudar o mais pobre", é melhor criar programas de transferência de renda direta, para que parte dos recursos não seja perdida no caminho. Ele ainda defendeu que o governo deve dar "vouchers" como política social, em vez de empréstimos.

O ministro voltou a defender que o governo tem gerado empregos, citando a criação de 278.085 postos de trabalho medida pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em setembro. O ministro ainda defendeu que o governo criou 16 milhões de empregos, entre formais e informais.

Citando a redução da taxa de desemprego, Guedes disse que o País está em uma dinâmica de crescimento próprio, sem dependência do cenário externo.

Estadão
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