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Sartori e Leite foram os principais alvos em debate da Band no Rio Grande do Sul

O encontro também teve discussões sobre segurança pública

17 ago 2018 - 02h27
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PORTO ALEGRE - O governador gaúcho José Ivo Sartori (MDB) e o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB) foram os candidatos mais atacados pelos adversários durante o debate realizado pela Band na noite desta quinta-feira, 16. As críticas voltadas aos dois postulantes ao Palácio Piratini foram vistas nos bastidores como estratégicas. Ambos são considerados pelos rivais candidatos fortes para chegar ao segundo turno. Propostas para a segurança pública também foram discutidas durante o encontro.

As críticas voltadas aos postulantes ao Palácio Piratini foram vistas nos bastidores como estratégicas.
As críticas voltadas aos postulantes ao Palácio Piratini foram vistas nos bastidores como estratégicas.
Foto: JOÃO MATTOS/METRO JORNAL/DIVULGAÇÃO / Estadão

Além de Sartori e Leite, estiveram presentes Jairo Jorge (PDT), Mateus Bandeira (Novo), Miguel Rossetto (PT) e Roberto Robaina (PSOL). O governador foi criticado em relação ao parcelamento dos salários dos servidores públicos e o tucano por sua posição acerca da privatização de estatais.

No segundo bloco, Robaina questionou Sartori se ele "seguiria a desrespeitar os servidores", por parcelar os salários do funcionalismo. Sartori afirmou que sempre pagou os atrasados no mesmo mês e que teve "coragem e clareza" para enfrentar a crise. Com referência indireta ao PSDB, o governador criticou antigos aliados que deixaram o governo.

Questionado por Jorge sobre propostas para o desenvolvimento do Estado, Rossetto afirmou que parcelar salários é uma "omissão inaceitável do governador".

No mesmo bloco, Leite foi atacado por suas posições acerca das privatizações quando questionou Jorge sobre sobre o tema. O pedetista afirmou que Leite teria dito em entrevista em maio ser a favor das privatizações e que agora se declara contra. "Qual o Eduardo que você vai mostrar", questionou Jorge.

Bandeira perguntou para Leite se ele já havia trabalhado na iniciativa privada e, mostrando uma carteira de trabalho, afirmou ser "um risco (eleger) alguém que nunca assinou uma carteira". Leite respondeu que "é através da política que se ganha escala para tocar a vida das pessoas".

No terceiro bloco, em que cada candidato escolhia outro para lhe fazer uma pergunta, Rossetto questionou o governador se ele continuaria a "destruir" a educação pública. Sartori se defendeu afirmando que o petista já foi aliado do governo. "Estou estranhando as suas colocações", disse o emedebista. Rossetto respondeu que, quando foi vice-governador (1999-2002), herdou "desastre" do governador Antônio Britto (MDB).

Segurança pública

Tema principal do debate realizado na manhã de quinta-feira na Rádio Gaúcha, a segurança pública foi o primeiro assunto discutido pelos candidatos no debate da Band. Os postulantes ao Palácio Piratini foram questionados pela produção do programa sobre suas plataformas acerca do tema.

Mateus Bandeira afirmou que tomará medidas para "frear" a aposentadoria precoce dos policiais, além de investir em tecnologia e em presídios com parcerias público-privadas. Miguel Rossetto discursou sobre criar patrulhas nas escolas para garantir a segurança dos alunos e em pagar os salários dos servidores em dia.

Sartori afirmou que o Estado ainda tem "desafios" mas que sua gestão está no "rumo certo". Leite prometeu aumentar o efetivo das forças de segurança, principalmente o relacionado aos crimes contra a mulher.

Jorge destacou sua atuação como prefeito de Canoas (2009-2016) e disse que criará um conselho de Estado com forças de segurança e prefeituras. Robaina disse que a prioridade são crimes contra a vida e que buscará a descriminalização das drogas.

Estadão
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