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RJ: candidatos cortejam Dilma por exclusividade no 2º turno

Pezão e Crivella sonham com apoio único da presidente, que não deve vir para evitar contradições com o primeiro turno

6 out 2014 - 10h28
(atualizado às 11h24)
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<p><span style="font-size: 15.1999998092651px;">Pezão disse que votou em Dilma no primeiro turno</span></p>
Pezão disse que votou em Dilma no primeiro turno
Foto: Fernando Maia / Fotos Públicas

Os dois candidatos ao governo do Rio que vão se enfrentar no segundo turno encerraram o domingo de apuração dos votos com uma ideia fixa: conseguir a preferência da presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno.

Mas essa pretensão pode ficar mesmo só no plano das ideias. Tanto o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) quanto o seu adversário Marcelo Crivella (PRB) tiveram a companhia de Dilma no primeiro turno – aí que mora o problema.

A presidente apoiou nada menos que quatro candidatos no Rio nesta eleição. Além dos dois vitoriosos, distribuiu bênçãos a Lindberg Farias, do PT, e Anthony Garotinho, do PR. Esteve em agenda de campanha com todos. Mesmo assim, e por isso mesmo, não se dedicou com mais fidelidade a uma campanha específica. Mesmo que fosse do conhecimento geral de todos a preferência pela candidatura de Pezão do seu partido aliado, o PMDB.

Por isso esperar que ela eleja um dos dois para “chamar de seu” a esta altura da disputa, pode ser, segundo os próprios bastidores das campanhas já reconhecem, um passo muito difícil. Na noite de domingo, no entanto, os dois candidatos confirmados no segundo turno deram conta de reforçar a parceria com Dilma.

Pezão, por sua vez, disse, em entrevista logo após saber o resultado das urnas, que votou em Dilma no primeiro turno e que assim seguiria na segunda etapa da campanha. “Meu partido, em nível nacional, tirou a decisão de apoiar a presidenta Dilma e o Michel Temer (vice-PMDB). Tenho um carinho especial por ela”.

<p><span style="font-size: 15.1999998092651px;">Marcelo Crivella (PRB) teve a companhia de Dilma no primeiro turno</span></p>
Marcelo Crivella (PRB) teve a companhia de Dilma no primeiro turno
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

'Aezão' x 'Dilmela'

No entanto, Pezão também terá que administrar o movimento Aezão, criado dentro do PMDB fluminense por seus apoiadores. Descontentes, os correligionários do atual governador não quiseram pedir votos para Dilma e fecharam apoio informal à candidatura do presidenciável tucano Aécio Neves.

Com a ida de Aécio ao segundo turno, o movimento ganha força e pode ser até um complicador para Pezão, no caso de ser mal administrado. Na entrevista deste domingo, Pezão dizia que seguiria no apoio à presidente petista, mas que “entende” o movimento deflagrado pelo PMDB no Rio.

E disse mais: “O meu vice (Francisco Dornelles, PP, que é primo de Aécio), no primeiro momento, apoiou o Aécio Neves. Mas eu apoio a presidenta Dilma”.

Enquanto Pezão dava essas declarações, seu adversário, Marcelo Crivella, mandava seus recados em direção oposta. Em entrevista após ser confirmado no segundo turno, o ex-ministro da Pesca de Dilma declarou que sempre contou com a presidente, “que sempre o apoiou”, mesmo que não “com a liberdade que ela gostaria”.

Em tom irônico, Crivella afirmou: “Tem o Aezão, sobrou o Dilmela (dobradinha Dilma e Crivella que ele, muito provavelmente, vai tentar vender ao eleitor no segundo turno)."

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Fonte: Especial para Terra
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