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Resumo da Eleições 2018: Bolsonaro é atacado em Juiz de Fora e Alckmin rebate Temer

Candidato do PSL passou por cirurgia depois de ser esfaqueado durante ato da campanha em Minas Gerais

6 set 2018 - 22h14
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De segunda a sexta, o Estado publica resumos com as principais notícias sobre as campanhas e o dia dos candidatos nas eleições 2018.

Confira abaixo os destaques desta quinta-feira, 6:

Bolsonaro é esfaqueado durante ato de campanha em MG

O candidato à Presidência da República do PSL nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, foi esfaqueado durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG) na tarde desta quinta-feira, 6. Atingido na região do abdômen, o presidenciável foi levado para o hospital e passou por uma cirurgia.

À noite, Bolsonaro apresentava "quadro grave", segundo a equipe da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora que o atendeu. Os médicos disseram que ele chegou a correr risco de morte. Ele deverá ter "recuperação boa a curto prazo", apesar do estado ainda grave, segundo a equipe. O candidato passou por uma cirurgia de duas horas de duração. Seu quadro é estável, mas mais cedo houve risco iminente de vida, conforme os cirurgiões.

A Polícia Federal prendeu o suspeito e abrirá inquérito para investigar o incidente.

O candidato estava acompanhado do presidente nacional do PSL, Gustavo Bebiano, e integrantes do partido em Juiz de Fora.

Líder nas pesquisas de intenção de votos, Bolsonaro era carregado pelas ruas da cidade mineira por seus apoiadores quando fez uma expressão de dor. Vídeos que circulam pela internet mostram uma pessoa se aproximando do candidato e acertando sua barriga. Um dos seguranças que estavam com Bolsonaro sofreu um corte na mão.

Apontado pela Polícia Militar como responsável pelo ataque a Bolsonaro, Adelio Bispo de Oliveira tem postagens de ódio ao candidato do PSL em seu Facebook.

De acordo com a assessoria do 2º Batalhão da Polícia Militar em Juiz de Fora, Oliveira tem 40 anos e tem curso superior completo. Ele é natural de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, cidade de a 700 km de Juiz de Fora, e trabalhava como servente de pedreiro.

Nas postagens, há vários textos em que Adelio ofende Bolsonaro ou critica suas propostas. Em maio, o suposto agressor postou uma foto na qual aparece ao lado de uma placa que diz "políticos inúteis". No mesmo dia, publicou outra imagem com outro cartaz que pede a renúncia de Temer.

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, confirmou que Oliveira foi filiado ao partido entre 2007 e 2014. Segundo o dirigente, no entanto, o suspeito não foi dirigente partidário e ainda não foi possível conhecer os motivos de sua filiação ou desfiliação após sete anos.

Alckmin responde ataques de Temer e faz associação de Bolsonaro ao PT

Sexto presidenciável a participar da Sabatina Estadão-Faap, o candidato do PSDB à Presidência da República nas eleições 2018, Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira, 6, que o presidente Michel Temer carece de legitimidade, em meio a críticas públicas do emedebista à sua campanha, e considerou a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) "um passaporte para a volta do PT ao poder". "O problema do governo Temer não são os ministros, é o presidente, que não tem a liderança que precisa ter nem a legitimidade que precisa ter."

O tucano também relativizou os números da pesquisa Estadão/Ibope/TV Globo, que o colocou em quarto lugar na corrida presidencial, e fez um aceno ao eleitorado feminino ao criticar a violência contra a mulher e a desigualdade salarial entre gêneros. "No fundo, muita gente está votando no Bolsonaro como anti-PT. O PT vai poupar o Bolsonaro. Eles só batem em mim. Tudo que eles querem é um segundo turno com Bolsonaro."

Assista à sabatina completa:

Transferência de votos de Lula para Haddad depende de eficácia da campanha do PT, diz Ibope

A diretora-executiva do Ibope Inteligência, Marcia Cavalari, disse nesta quinta-feira, 6, em entrevista ao Jornal Eldorado, que a transferência de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para seu vice, Fernando Haddad, caso o ex-prefeito paulistano assuma a cabeça de chapa do PT, dependerá da capacidade do partido de comunicar que ele é o candidato de Lula nas eleições 2018. Pesquisa Ibope divulgada na quarta-feira, 5, mostrou Haddad em quinto lugar, com 6% das intenções de voto, atrás de Jair Bolsonaro, do PSL, (22%), Ciro Gomes, do PDT (12%), Marina Silva, da Rede, (12%) e Geraldo Alckmin, do PSDB, (9%).

"Haddad tem um terreno que vai depender da eficácia da comunicação do PT em falar pras pessoas que ele é o candidato apoiado pelo ex-presidente Lula", disse Marcia. "Quando Lula não está no cenário, há um crescimento natural do Ciro Gomes muito em função dos eleitores não conhecerem Fernando Haddad e não saberem que ele será o candidato do PT. Haverá novas movimentações dos eleitores com o apoio do Lula (a Haddad)."

Estadão
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