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PT gaúcho vai apurar vazamento de sindicância interna

Pré-candidato à Assembleia Legislativa teria tentado subornar deputados estaduais do partido

15 jun 2018 - 05h07
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PORTO ALEGRE - O PT gaúcho informou nesta quinta-feira, 14, que vai apurar o vazamento de informações acerca de sindicância interna que analisou o caso de um pré-candidato à Assembleia Legislativa gaúcha que teria tentado subornar concorrentes do próprio PT para que desistissem de suas candidaturas.

Em nota à imprensa, a sigla declarou que possui "órgãos e instâncias partidárias para averiguar eventuais faltas disciplinares e tomar as providências cabíveis". No texto, o PT também afirmou que "é inadmissível que um integrante do partido tenha usado desse expediente".

A sindicância investiga se Rafael Rossetto (que não tem parentesco com o pré-candidato da sigla ao governo do Estado Miguel Rossetto) ofereceu cargos, apoio para as próximas eleições e até dinheiro a deputados e a cabos eleitorais para que não fossem candidatos ao Legislativo gaúcho em 2018. Rafael, que é professor universitário e empresário, foi suspenso do partido após a aberrtura da sindicância.

O documento, revelado pelo jornal Zero Hora, aponta que todos os deputados estaduais do PT no Rio Grande do Sul registraram denúncia contra Rafael. Eles afirmam que o pré-candidato fez "propostas surpreendentes e indecorosas de que desistissem de suas candidaturas para apoiá-lo em troca de favores e recursos financeiros".

Os fatos ocorreram em 2017. Ao então presidente do Legislativo gaúcho, Edegar Pretto (PT), por exemplo, Rafael teria oferecido R$ 300 mil para que o deputado desistisse da Assembleia e disputasse em 2018 o governo do Estado, segundo o jornal.

O Estado procurou todos os deputados da bancada do PT na Assembleia gaúcha e foi informado que, por orientação do partido, apenas o deputado federal Pepe Vargas, presidente da sigla no Rio Grande do Sul, é quem falaria sobre o assunto. Procurado, Vargas afirmou que só iria se manifestar via nota à imprensa. O texto não fala sobre as denúncias e diz que o assunto é "restrito ao âmbito interno do partido".

A reportagem não conseguiu contato com Rafael Rossetto. Na sindicância, ele nega que tenha oferecido valores ou vantagens a qualquer deputado.

Estadão
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