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PT escolhe Sidônio Palmeira como novo marqueteiro da campanha de Lula

A decisão foi tomada nesta segunda-feira, em uma reunião entre Lula e lideranças do PT, em São Paulo

25 abr 2022 - 22h20
(atualizado em 26/4/2022 às 08h55)
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BRASÍLIA — O PT escolheu o publicitário baiano Sidônio Palmeira para comandar os programas de rádio e TV da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto. Na semana passada, o partido havia anunciado a saída do marqueteiro Augusto Fonseca, que ficou desgastado diante de divergências relacionadas aos rumos da campanha.

A decisão sobre o novo marqueteiro foi tomada nesta segunda-feira, 25, em uma reunião entre Lula e lideranças do PT, em São Paulo. Sidônio é diretor da agência Leiaute, em Salvador, e foi responsável pelos programas de TV de Fernando Haddad em 2018, quando o ex-ministro concorreu à Presidência - ele foi derrotado por Jair Bolsonaro. Também já comandou campanhas de petistas como as do ex-governador Jaques Wagner e do atual Rui Costa.

Wagner e o líder do partido na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG), passam também a integrar, a partir de agora, a coordenação da campanha de Lula. As divergências no comitê de Lula haviam aumentado nas últimas semanas, com trocas de acusações entre o ex-ministro Franklin Martins, o coordenador de Comunicação que bancou o nome de Fonseca, e o secretário de Comunicação do PT, Jilmar Tatto.

A própria presidente do PT, Gleisi Hoffmann, admitiu que a campanha precisava de ajustes. A cúpula do partido alegou que o orçamento de R$ 45 milhões, apresentado por Fonseca, era exagerado, mas havia também insatisfação sobre o conteúdo das primeiras peças publicitárias apresentadas.

Em uma das inserções da legenda na propaganda partidária na TV, por exemplo, Lula diz o slogan "Se a gente quiser, a gente pode", que foi considerado como uma cópia menos empolgante do mote "Yes, we can", usada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama em sua campanha pela Casa Branca.

No começo do mês, uma série de declarações polêmicas de Lula o deixaram na defensiva e também geraram críticas internas. Durante ato da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em 4 de abril, o petista repetiu a sugestão de "mapear o endereço" de deputados e "incomodar a tranquilidade deles" como forma de pressionar por demandas sindicais.

Depois, em 5 de abril, Lula disse que todas as mulheres deveriam ter direito ao aborto, tema sensível para o eleitorado conservador e religioso que ele tem tentado atrair e que apoia majoritariamente o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição.

Na reunião desta segunda-feira com a coordenação de sua campanha, Lula também definiu o lançamento da pré-candidatura de Reginaldo Lopes ao Senado, por Minas Gerais. No Estado, o PT enfrenta um impasse para montar o palanque do ex-presidente.

O partido está disposto a apoiar o nome do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) a governador, mas quer que Lopes seja o candidato da chapa ao Senado. O PSD, presidido por Gilberto Kassab, por outro lado, não abre mão de lançar o senador Alexandre Silveira, que assumiu a vaga aberta com a saída de Antonio Anastasia, hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

Estadão
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