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PT confirma Miguel Corrêa Júnior na segunda vaga ao Senado por MG

Após recusas de Marcio Lacerda, deputado federal será o companheiro de Dilma Rousseff na chapa petista

21 ago 2018 - 13h51
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BELO HORIZONTE - O deputado federal Miguel Corrêa Júnior (PT) será o segundo candidato ao Senado da coligação do governador Fernando Pimentel (PT), que tenta a reeleição em Minas Gerais nas eleições 2018. Em anúncio feito nesta terça-feira, 21, o parlamentar explicou que o partido esperou até "o último momento" pela definição do ex-prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB).

"Não há mais tempo legal, e uma disputa judicial fragiliza muito a gente tentar construir um caminho que a Justiça pode entender que não é algo concreto. Nós esperamos até o limite do que poderíamos", disse o candidato a senador. A presidente estadual do PT-MG, Cida de Jesus, será a primeira suplente.

Mesmo com a ex-presidente cassada Dilma Rousseff (PT) com a outra vaga ao Senado, dirigentes petistas em Minas negaram qualquer atrito com os outros partidos da coligação, já que a única vaga da chapa com outro partido foi a de vice-governador, que ficou com Jô Moraes (PCdoB). "Esses partidos quiseram as alianças proporcionais e a aliança majoritária para reeleição do Fernando Pimentel", disse Cida de Jesus.

"Não nos preparamos para indicar um nome ao Senado por conta do projeto do Marcio (Lacerda). Estamos de acordo com a indicação com Miguel", afirmou o vice-presidente interino do PSB em Minas Gerais, Denisson Silva.

O partido aguardava uma decisão do ex-prefeito de BH, que recusou em diversas oportunidades disputar uma cadeira no Senado. Apesar de ter registrado a candidatura do governo de Minas Gerais, Lacerda enfrenta um imbróglio judicial, já que a Executiva Nacional do PSB determinou que ele retirasse as pretensões de disputar o Palácio da Liberdade. As lideranças petistas em Minas diziam que as portas estavam abertas.

Miguel Corrêa Júnior está em seu terceiro mandato na Câmara e é ex-secretário de Ciência e Tecnologia do governo estadual. De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, o fato ter uma votação expressiva na periferia de Belo Horizonte e um discurso voltado para a juventude pesaram na escolha.

No dia do registro, o PT tinha indicado o tesoureiro do diretório estadual, Jorge Luna (PT), para assumir a segunda vaga ao Senado. O deputado federal Patrus Ananias era um dos nomes fortes para concorrer à Casa, com aprovação de Pimentel, Dilma e também do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas optou por concorrer à reeleição.

Após criticar os candidatos ao Senado por Minas Gerais, dizendo que "nenhum apresentou propostas concretas para o Estado", Miguel Corrêa Júnior afirmou nesta terça que uma das propostas de governo da coligação petista será ceder o espaço da Cidade Administrativa para pequenas e médias empresas. "A Cidade Administrativa não cumpre os objetivos que foram propostos pelo governo anterior. Temos o direito e o dever de acolher o geradores de emprego dentro dos prédios públicos, facilitando e tornando o negócio dele mais viável", disse o candidato.

A Cidade Administrativa já foi assunto de troca de críticas entre Pimentel e o candidato do PSDB ao governo mineiro, Antonio Anastasia. Em fevereiro de 2018, o atual governador desocupou um dos prédios do complexo, o Palácio Tiradentes, com o objetivo de economizar recursos. Segundo Miguel Corrêa, a ideia é ceder o espaço deste prédio, ainda neste ano.

Estadão
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