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PT avalia que TV contribui para melhora de Tatto em pesquisa Ibope

Petista passou de 1% para 4%; havia temor que se ele não reagisse, questionamentos internos voltariam com força e poderia haver uma debandada em favor de Boulos

15 out 2020 - 22h23
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O resultado da pesquisa Ibope trouxe um alívio para a campanha do petista Jilmar Tatto. Líderes do PT avaliavam até esta quarta-feira que, se o candidato não reagisse com o início da propaganda eleitoral na TV, os questionamentos internos, existentes desde que a candidatura foi oficializada, voltariam com força e poderia haver uma debandada em favor de Guilherme Boulos (PSOL).

O crescimento de 1% para 4% no Ibope/Estadão/TV Globo divulgado nesta quinta-feira, 15, é creditado ao aumento do índice de conhecimento de Tatto entre o eleitorado, que aumentou graças à TV. O candidato oscilou positivamente dentro do limite da margem de erro do levantamento, que é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. Segundo o presidente municipal do PT e coordenador da campanha de Tatto, Laércio Ribeiro, o crescimento era esperado.

"As pesquisas de hoje apontam uma tendência de crescimento. Isso é o que estamos sentindo nas ruas, certamente já estamos bem acima dos números indicados hoje", disse ele. Em conversas reservadas integrantes da campanha dizem que a preocupação agora é o teto do candidato, apontado em levantamentos internos, insuficiente para levar Tatto ao segundo turno.

Levando-se em conta a margem de erro da pesquisa, Tatto está tecnicamente empatado com Márcio França (PSB), que tem 7% das intenções de voto. Reportagem publicada pelo Estadão na segunda-feira mostrou que já há uma briga entre os candidatos mais alinhados com a esquerda pelo voto do eleitorado desse grupo para ver quem vai ao segundo turno.

"O nosso campo político tem 24 pontos, que, no final, tendem a migrar para quem tiver mais chances de vencer no segundo turno. A campanha na TV ainda está no início e certamente vamos crescer", disse França.

O candidato do PSB também está empatado tecnicamente, no limite da margem de erro, com Guilherme Boulos (PSOL), que teve 10% na última pesquisa Ibope. "Mesmo com apenas 17 segundos de TV, seguimos crescendo nas pesquisas e fortalecendo nossa posição como única candidatura capaz de chegar ao segundo turno e derrotar Russomanno e Covas, representantes da tragédia BolsoDoria na cidade", disse o candidato, em referência à campanha de 2018, em que apoiadores do governador João Doria (PSDB) pregavam a tabelinha com o presidente Jair Bolsonaro - os dois romperam ano passado.

Segundo colocado na pesquisa, Bruno Covas (PSDB) oscilou de 21% para 22% das intenções de voto. "Recebo com humildade e alegria o resultado. Me motiva muito o fato de saber que, cada vez mais paulistanos entendem o sentido de nossa candidatura e de nossas propostas. Estamos confiantes".

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Estadão
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