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Política

'PSDB sente ciúmes de Doria', diz candidato a vice do tucano

Para Rodrigo Garcia (DEM), a 'velha guarda' tucana se incomoda com trajetória do candidato do partido ao governo de SP

26 out 2018 - 05h11
(atualizado às 10h07)
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Candidato a vice-governador na chapa do tucano João Doria, o deputado federal Rodrigo Garcia (DEM-SP) disse ao Estado que a "velha guarda" do PSDB "sente ciúme" do ex-prefeito. Sem citar nomes, o parlamentar, que também é líder da bancada do DEM na Câmara, afirmou que parte do PSDB se sente incomodada com a rápida trajetória de Doria.

"Como ele chegou na política e já virou prefeito de São Paulo - e agora vai ser governador, se Deus quiser - o entorno dos tucanos tem ciúmes, e a velha guarda se sentiu incomodada. Ele tem um novo estilo, diferente dessa tucanada", disse.

João Doria, candidato do PSDB ao governo de SP
João Doria, candidato do PSDB ao governo de SP
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press

Em 8 de outubro a direção municipal do PSDB, que é composta majoritariamente por aliados de Doria, decidiu expulsar 17 membros do partido por infidelidade partidária. Entre eles estavam o ex-governador Alberto Goldman e o secretário de Governo Saulo de Castro. A decisão, porém, foi desautorizada pela executiva nacional do partido.

Garcia também falou sobre a estratégia da campanha tucana de tentar colar no governador Márcio França, candidato à reeleição pelo PSB, o selo de "esquerdista" - ainda que Doria tenha recebido apoio dele na campanha pela prefeitura de São Paulo em 2016. "Receber apoio da esquerda tudo bem, mas não apoiamos a esquerda", afirmou.

Para Garcia, a discussão sobre esquerda e direita está colocada no País. "Naturalmente, o Márcio (França) representa aquele lado e nós esse. Márcio França é esquerdista, é socialista. Ele sempre apoiou Lula, Dilma, PT".

Até o candidato derrotado do MDB ao governo paulista, Paulo Skaf, que é presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), entrou na cota de "esquerdistas". "Skaf é do MDB. Não vi o Doria chamá-lo de esquerda. Mas se apoia a esquerda é porque gosta da esquerda."

Após ser ultrapassado por França na reta final do segundo turno, Skaf declarou apoio ao governador e passou a fazer campanha ao lado, sempre com críticas duras a João Doria.

Um dos principais dirigentes do DEM, Rodrigo Garcia elogiou Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência. "Não sei se o DEM será da base (governista), mas o nosso apoio é incondicional (a Bolsonaro) porque somos anti-PT".

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