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Protagonismo regional será prioridade do DEM para definir apoio a presidenciável

Em entrevista à Rádio Eldorado, vice-líder do partido afirmou que palanques locais, como Minas e Goiás, serão decisivos para o DEM escolher candidato ao Planalto

11 jul 2018 - 09h48
(atualizado às 12h50)
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SÃO PAULO - Os fatores que mais devem pesar para o apoio do DEM ao candidato à Presidência são o fortalecimento da sigla e o protagonismo regional, afirmou o vice-líder do partido na Câmara, deputado Efraim Filho (PB). "(Vamos apoiar) aquele que conseguir fortalecer os projetos de protagonismo do DEM nos Estados. O DEM não tem governadores e esses palanques locais podem ser a costura que leve o partido a tomar a decisão", afirmou em entrevista à Rádio Eldorado na manhã desta quarta-feira, 11.

Na conversa, Efraim admitiu que a sigla está dividida entre pelo menos quatro nomes: Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Alvaro Dias (Podemos) e Jair Bolsonaro (PSL). Os dois primeiros têm mais força. A Executiva Nacional da sigla pende mais para o ex-ministro Ciro Gomes, enquanto a bancada na Câmara sinaliza uma preferência pelo ex-governador de São Paulo.

Questionado se a maior capilaridade do PSDB em território nacional poderia favorecer uma aliança, Efraim comenta que a força do partido em alguns Estados, com candidaturas próprias aos governos, poderia dificultar os objetivos do DEM, como nos casos de Minas Gerais e Goiás.

Em Minas, o maior colégio eleitoral do País, o PSDB não deve abrir mão da candidatura do senador Antonio Anastasia, que fortalece Alckmin nacionalmente. Já em Goiás, o ex-governador Marconi Perillo, pré-candidato a senador pelo PSDB, tem trabalhado pela reeleição do governador José Eliton, que assumiu após Perillo se desincompatibilizar. Lá, o DEM lançou a pré-candidatura do senador Ronaldo Caiado, líder do partido na Casa.

"O DEM tem tudo para sair da eleição com protagonismo e isso atrapalha uma aproximação com o PSDB. Dentro do partido, há quem pense que é chegado o momento de olhar na mesma altura do PSDB, de não ser mais um coadjuvante, mas sim de buscar protagonismo nas alianças", disse.

O deputado federal cita que o partido disputa de maneira competitiva também os governos do Rio, com o ex-prefeito Eduardo Paes, de Minas Gerais, do Amapá, com o senador Davi Alcolumbre e do Mato Grosso, com o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes.

Efraim Filho disse ainda que a maior possibilidade de vencer as eleições 2018, o tempo de TV, a chance de indicar um vice na chapa e o apoio à manutenção de Rodrigo Maia no comando da Câmara dos Deputados também serão levados em conta. O deputado federal negou a hipótese de que o apoio a um presidenciável envolveria a promessa de cargos no futuro governo.

Ele diz que seu atual objetivo é construir consenso dentro do partido. "O desafio do DEM é buscar coesão interna, buscar transparência e seguir a maioria." O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) define que os partidos têm entre 20 de julho e 5 de agosto para encaminhar os registros das candidaturas para as eleições.

Estadão
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