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Para conter Boulos na periferia, Covas vai às ruas com Marta Suplicy na zona sul

Em entrevista coletiva, o prefeito evitou se comprometer a integrar o movimento, liderado por Marta, de criação de uma frente ampla contra o presidente Jair Bolsonaro e disse que '2022 vamos discutir no ano que vem'

21 nov 2020 - 14h37
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Depois de exaltar Marta Suplicy no primeiro programa no horário eleitoral na TV do segundo turno, o prefeito e candidato a reeleição Bruno Covas (PSDB) foi às ruas neste sábado, 21, pela primeira vez ao lado da ex-prefeita. Covas aposta no apoio de Marta para conquistar votos na periferia, que também é disputada pelo candidato do PSOL, Guilherme Boulos.

Por medida de segurança devido à pandemia do novo coronavírus, Marta, 75 anos, circulou pelas ruas dentro de uma caminhonete com paredes de acrílico, nos moldes do 'papamóvel'. Ao lado do marido, Márcio Toledo, a ex-prefeita dançou, acenou para eleitores e fez um discurso, sempre dentro do veículo.

Quem também lança mão da estratégia de usar um veículo protegido para ir às ruas na campanha é a ex-prefeita Luiza Erundina (PSOL), vice na chapa de Boulos, que, aos 85, faz parte do grupo de risco para a covid-19.

Bruno Covas, na agenda com Marta, foi caminhando pelas ruas de bairros na zona sul da capital. A decisão de colocar Marta Suplicy em evidência no 2° turno faz parte de uma estratégia do PSDB de consolidar o eleitorado de Covas nas regiões da periferia, onde a ex-prefeita ainda é popular.

Em 2016, o então candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, só perdeu em duas das 58 zonas eleitorais da cidade: Grajaú e Parelheiros. Em ambas a derrota foi para Marta Suplicy, que disputou a eleição municipal daquele ano.

Esses foram os dois bairros escolhidos para as agendas de hoje com o atual prefeito e a ex- prefeita, que aderiu à campanha de Covas no 1° turno e coordena um movimento suprapartidário de apoio ao tucano. A presença dos dois causou aglomeração nas ruas do comércio dos dois bairros.

Em uma breve entrevista coletiva em Parelheiros, o prefeito evitou se comprometer a integrar o movimento, liderado por Marta, de criação de uma frente ampla contra o presidente Jair Bolsonaro.

"Cada momento sua aflição, 2022 vamos discutir no ano que vem", afirmou. O tucano também desconversou quando questionado se Marta terá espaço em um eventual 2° mandato. "Nenhum apoio no 1° ou 2° turno foi negociado em troca de espaço na administração"

Estadão
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