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Wagner apela por aliança: 'Não precisa ser apaixonado'

"Não tem que sentar para conversar, a linha de corte é a democracia", disse Wagner

15 out 2018 - 17h26
(atualizado às 17h41)
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Articulador político da campanha de Fernando Haddad (PT) à Presidência, o senador eleito pela Bahia Jaques Wagner disse acreditar que os apoios à candidatura petista nas eleições 2018 virão de "baixo", e não necessariamente de alianças partidárias. Além disso, o petista defendeu que o PT esteja disposto, inclusive, a abrir mão de uma candidatura em 2022, em prol de uma aliança mais ampla nesta disputa com o rival Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL.

"Não tem que sentar para conversar, a linha de corte é a democracia", disse Wagner, após se reunir com Fernando Haddad e outros integrantes da campanha em um hotel na capital paulista. "Não precisa ser apaixonado pelo PT, pode até ter raiva do PT", reforçou o baiano, apelando para uma aliança mais ampla contra Bolsonaro.

Jaques Wagner antes de reunião em Brasília
07/04/2018 REUTERS/Adriano Machado
Jaques Wagner antes de reunião em Brasília 07/04/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Jaques Wagner conversa com interlocutores do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da candidata da Rede derrotada no primeiro turno, Marina Silva. Sobre Ciro Gomes, o senador eleito afirmou que não desistirá de pedir um apoio mais empenhado do pedetista. "Não vou jogar a toalha", declarou. Para buscar o acordo, Wagner está em conversas com Cid Gomes, irmão de Ciro. Na opinião do petista, o candidato do PDT no primeiro turno deveria declarar um apoio "com mais contundência" e "bater uma foto" com Haddad.

As alianças pró "democracia" poderiam incluir, reforçou Wagner, um apoio a Eduardo Paes (DEM) no Rio e a Márcio França (PSB) em São Paulo. "Depois do Haddad (em 2022), tem que ser do PT? Na minha opinião, não. Mas primeiro tem que ganhar a eleição", sinalizou Wagner, que já defendeu no primeiro turno que o PT pudesse se alinhar com Ciro Gomes desde o começo da disputa nacional. Ele acredita que tanto o presidenciável petista como Bolsonaro poderiam se comprometer com o fim da reeleição e uma reforma política que estabelecesse um mandato de cinco anos para o futuro.

Haddad estaria disposto, nas palavras do coordenador de campanha, a incorporar em seu programa de governo a proposta do fim da progressão de pena para crimes como homicídio, latrocínio e estupro.

Estadão
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