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Ministro do TSE nega pedido de Cid Gomes para suspender propaganda de Bolsonaro

Vídeo exibia imagens do pedetista com duras críticas ao Partido dos Trabalhadores

18 out 2018 - 21h08
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O ministro Luís Felipe Salomão, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou nesta quinta-feira, 18, um pedido do senador eleito Cid Gomes (PDT-CE) para suspender a veiculação de uma propaganda do candidato do PSL à Presidência nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, em que é exibido vídeo do pedetista com duras críticas ao Partido dos Trabalhadores.

Em ato político realizado em Fortaleza (CE), Cid disse que o PT deveria fazer uma autocrítica e assumir que fez "muita besteira" para não "perder feio" de Bolsonaro. O pedetista foi vaiado pela plateia, que começou a gritar o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato.

Cid Gomes alegou ao TSE que, da forma como está sendo veiculada, a propaganda "passa a falsa imagem" de que o senador eleito "estaria declarando apoio ao candidato Bolsonaro, quando na verdade nem de longe isso seria verdade."

Alegando questões processuais, Salomão concluiu que Cid Gomes não tinha legitimidade para apresentar a representação contra a propaganda de Bolsonaro, já que Cid Gomes disputou as eleições 2018 para uma cadeira do Ceará no Senado Federal - e já foi eleito -, enquanto Bolsonaro disputa o segundo turno das eleições presidenciais.

"Assim, penso que carece de legitimidade ativa o representante (Cid Gomes) para ajuizar a representação, porquanto assume condição jurídica de candidato - eleito - em circunscrição diversa pela qual os representados (Jair Bolsonaro, e sua coligação "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos") concorrem ao pleito. Ante o exposto, julgo extinta a representação, sem resolução do mérito", concluiu Salomão.

Rosa Weber convoca coletiva de imprensa

BRASÍLIA - A dez dias do segundo turno das eleições 2018, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, convocou uma coletiva de imprensa para esta sexta-feira, às 16h, no prédio do TSE em Brasília. Segundo o Estadão/Broadcast apurou, a presidente da Corte Eleitoral deve falar de medidas que vêm sendo adotadas para garantir lisura das eleições e responder a questionamentos levantados no primeiro turno do pleito. Também participarão da coletiva o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), general Sérgio Etchegoyen, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro.

A última entrevista concedida por Rosa, que tem perfil reservado e não costuma falar com a imprensa, ocorreu no último dia 7, após os resultados do primeiro turno das eleições 2018. A nova coletiva foi convocada em meio a uma semana que colocou o TSE no centro do debate. Nesta quinta-feira, 18, o PT entrou com uma ação de investigação contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) e empresas apontadas como responsáveis por bancar a disseminação de mensagens contra a campanha do PT pelas redes sociais.

Também nesta semana, o TSE esteve às voltas com a temática das "fake news". O Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições do TSE se reuniu na terça-feira, 16, por teleconferência com representantes do WhatsApp para discutir a proliferação de notícias falsas no aplicativo. A reunião aconteceu cerca de uma semana após o conselho se reunir pela primeira vez durante a campanha eleitoral.

Estadão
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