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Granja do Torto recebe preparativos para a transição do governo

Residência de campo oficial está à disposição, mas o presidente eleito, Jair Bolsonaro, ainda não disse se vai usá-la

31 out 2018 - 05h11
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BRASÍLIA - A Presidência da República começou a preparar a Granja do Torto para receber o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), durante o período de transição. Desde segunda-feira, 29, o local tem recebido trabalho de limpeza e reparos. Nesta terça-feira, 30, funcionários plantavam mudas de sálvia azul na entrada.

No domingo, 28, no discurso em que cumprimentou Bolsonaro pela vitória nas urnas, o presidente Michel Temer deixou a residência oficial de campo da Presidência à disposição nos próximos dois meses, mesmo antes da posse. A casa, a cerca de 10 quilômetros da Praça dos Três Poderes, serviria para reuniões mais reservadas fora da sede da equipe de transição, que ficará no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). O Estado apurou que Bolsonaro deve aceitar.

As equipes de manutenção predial correm para reparar pontos de infiltração e trocar aparelhos como ar-condicionado. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) realiza uma análise de risco para verificar pontos vulneráveis que precisam de reforço na segurança.

Diferentemente de outros presidentes, Temer não usou a Granja do Torto com frequência. Com raras visitas, o local virou uma espécie de depósito de objetos da Presidência.

Em 2002, a residência foi utilizada por Luiz Inácio Lula da Silva na transição. O convite, na época, foi feito pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Quando assumiu o Planalto, Lula passou promover no local festas juninas, ao gosto da ex-primeira-dama Maria Letícia.

Quando ocupou a Presidência, de 1979 a 1985, o general João Batista Figueiredo residiu na Granja, onde criava cavalos. Figueiredo chegou a levar o ex-presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan a um churrasco no local, onde os dois fizeram uma cavalgada, em 1982.

Em 2014, houve polêmica quando o então presidente de Cuba, Raúl Castro, se hospedou na Granja, a convite de Dilma Rousseff.

Estadão
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