PUBLICIDADE

Empresários gaúchos cobram candidatos ao governo por reformas no Estado

Em painel, Leite (PSDB) e Sartori (MDB) foram questionados sobre impostos, desburocratização e ajuste fiscal

17 out 2018 - 18h11
Compartilhar
Exibir comentários

PORTO ALEGRE - Em painel realizado na tarde desta quarta-feira, 17, pela Federação das Entidades Empresariais do RS (Federasul), os candidatos ao governo gaúcho que disputarão o segundo turno nas eleições 2018 foram questionados sobre suas propostas para reformas no Estado. O ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB) e o candidato à reeleição, José Ivo Sartori (MDB), responderam questões formuladas pela categoria sobre desburocratização, impostos e ajuste fiscal.

Quando o questionamento foi sobre desburocratização, Eduardo Leite disse que o Estado precisa ser "menos hostil ao investidor". "Os processos de licenciamentos e alvarás precisa se modernizar. Estados já fazem licenças por adesão e compromisso", afirmou o tucano. Já Sartori disse que o Estado "avançou" na desburocratização e citou como exemplo o licenciamento ambiental. "A licença ambiental passou de 900 dias para 60 ou 90 dias. E vocês sabem o que é a necessidade de ter segurança jurídica. Não tivemos nenhuma ação contra a desburocratização das licenças ambientais", disse o governador.

Questionados sobre impostos, como ICMS e Simples, Sartori defendeu o aumento do ICMS realizado em 2016 e disse que as contas "não fechariam em 2016, 2017 e 2018" sem isso. "Mas toda a pessoa que está no Simples estadual e que fatura até R$ 30 mil por mês não paga imposto", ponderou o candidato do MDB.

Já o tucano disse que manterá por dois anos as taxas atuais para que "os prefeitos possam encerrar seus mandatos (em 2020) sem sobressalto na arrecadação". "Queremos que, a partir daí, o novo governo do Estado possa promover uma revisão do sistema tributário gaúcho, um sistema mais inteligente", afirmou Leite.

Quando a pergunta foi sobre as medidas para sair da crise financeira, tanto Leite quanto Sartori disseram ser a favor do Regime de Recuperação Fiscal - plano que permite ajuda federal ao Estado - mas divergem quanto ao modelo atual da medida. "De onde vai se tirar dinheiro para fazer aquilo que é prometido? Nós sabemos o que fazer e como fazer. Por isso somos a favor da adesão ao Regime de Recuperação Fiscal", disse Sartori. Segundo o emedebista, com a adesão ao plano, o Estado deixará de pagar por três anos a dívida com a União, economizando R$ 11,3 bilhões nesse período.

"Concordo com o Regime de Recuperação Fiscal. O que eu não concordo é com a fala irresponsável que isso vai deixar R$ 11 bilhões no Estado. O que recupera o Estado não é deixar de pagar essa conta, é o que vai ser feito nesse período para ativar a economia e alavancar as receitas, é a agenda do desenvolvimento", disse Leite.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade