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Em reunião, Forças Armadas discutem ataque a Bolsonaro

Ministro da Defesa afirma que está preocupado com crescente intolerância no País; candidato passou por cirurgia

6 set 2018 - 20h53
(atualizado às 20h56)
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BRASÍLIA - O ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, disse ao Estado, após o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL-RJ) ter sido esfaqueado em campanha, estar "muito preocupado com a crescente intolerância" no País. Para Silva e Luna, essa intolerância está causando "apreensão a todos que têm responsabilidade com a garantia da estabilidade das instituições, da lei e da ordem".

O general participou nesta quinta-feira, 6, de uma reunião com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para tratar de orçamento das Forças Armadas. Durante o encontro, os comandantes foram informados do ataque a Bolsonaro e sobre a evolução do estado de saúde do candidato.

A avaliação foi de que há um "acirramento dos ânimos" e uma preocupação de como será conduzido o processo eleitoral daqui para a frente, com a possibilidade de aumento da violência. Eles, no entanto, apenas acompanharão a evolução dos fatos.

"Vamos só acompanhar", declarou o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, ao sair da reunião e seguir para o Quartel General do Exército, para participar de uma outro encontro, por videoconferência, com os demais generais do Alto Comando da Força, convocado pela manhã para tratar de temas administrativos. O comandante reconheceu, no entanto, que o tema central do encontro seria o ataque a Bolsonaro e o acirramento dos ânimos.

O general Villas Bôas afirmou ao Estado que ficou "muito preocupado" com este episódio que classificou como "inadmissível". O comandante afirmou que pediria aos generais do Alto Comando que acompanhem "mais de perto o nível de insegurança nas campanhas e a possibilidade de crescer a violência no País". Para ele, este episódio deverá "repercutir em todo o processo eleitoral e deve gerar mais instabilidade", mas ressaltando que "pode aumentar o nível de tensão".

Estadão
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