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Em Goiânia, Ciro Gomes volta a xingar Bolsonaro de nazista

Candidato do PDT critica adversário após um homem tentar subir no carro de som com camisa pintada com número do candidato do PSL

21 set 2018 - 21h08
(atualizado às 22h11)
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GOIÂNIA - O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, voltou a elevar o tom contra o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira, 21, após fazer uma caminhada pelo centro de Goiânia (GO), ao lado de apoiadores. Ciro criticou o adversário depois que um eleitor, que seria militante de Bolsonaro, tentou subir num caminhão de som do partido com uma camiseta pintada com o número 17, que identifica o PSL nas urnas.

"Olha o que é a cultura de ódio. Um bobinho, que não tem culpa de nada, acabou de criar uma confusão aqui, trazendo uma camisa do adversário aqui dentro. Por quê? Porque ele, fanático como é, que nem o doido que enfiou a faca nele (Bolsonaro), acha que a política pode ser resolvida assim. Tenham paciência com ele, ele não é culpado de nada. Ele só é vítima desse nazista, f**** da p***", disse.

Faltando três semanas para as eleições, Ciro disse que irá "acordar mais cedo e dormir mais tarde" com o intuito de levantar o Brasil contra "o radicalismo" e o "militarismo". "Tendo lutado pela democracia no Brasil, eu não gostaria de ter testemunhado um candidato que, pela primeira vez desde a revolução de 1930, faz apologia ao ódio, aos negros, à população LGBTI, que descrimina os mais pobres, explorando a justa revolta do nosso povo. Ele foi a primeira vítima dessa cultura de ódio. Por isso que vou acordar mais cedo e dormir mais tarde para levantar o Brasil, contra o radicalismo, contra o militarismo", afirmou.

Questionado se pretende conquistar o voto antipetista para chegar ao segundo turno, o candidato do PDT disse que "anti' não é uma coisa boa e afirmou esperar que Deus "ensine o nosso povo". "Não acho que esse "anti" seja uma coisa boa para o Brasil. Acho que o Bolsonaro representa uma repulsa da pop brasileira à degradação da política, mas a gente precisa com muita humildade reconhecer as razões da revolta do povo, mas pedindo a Deus que ensine o nosso povo porque revolta sem causa é violência, é ódio. Ódio e violência nunca permitiram que nenhuma nação do mundo resolvesse os seus problemas", explicou.

Ciro Gomes voltou a responsabilizar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pela situação política do País e disse que o tucano se prepara para votar em Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência. "Parte de tudo que estamos sofrendo nós devemos ao FHC e à forma descompromissada com que ele tratou a sorte do nosso povo tanto que o PSDB nunca mais ganhou uma eleição. Ele é o mentor do golpe, ele sustentou a agenda de reformas do Michel Temer, e agora ele está vendo que o PSDB está recebendo a repulsa do povo, tudo que ele está fazendo é se preparar para votar no Haddad", afirmou.

Estadão
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