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'Ele quer justificar a derrota antecipada?', diz Alckmin sobre fala de Bolsonaro

Tucano diz Brasil é 'exemplo de avanço tecnológico' e discorda de possibilidade de fraude no resultado das eleições, como indicou o candidato do PSL

17 set 2018 - 14h17
(atualizado às 15h11)
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Em queda nas pesquisas de intenção de voto nas eleições 2018, Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta segunda-feira, 17, que o receio demonstrado pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL) de que as eleições deste ano poderão ser fraudadas poderia ser uma justificativa para uma derrota antecipada.

"Por que ter fraude? Ele quer justificar a derrota antecipada? Eu disputei dez eleições. Ganhei, perdi. Não teve fraude nenhuma. Aliás, o Brasil é um exemplo no mundo de avanço tecnológico, de avanço eleitoral que tem até uma justiça eleitoral", disse Alckmin, em agenda de sua campanha.

Neste domingo, 16, Bolsonaro publicou um vídeo ao vivo na internet, direto do Hospital Albert Einstein, onde está internado. Nele, o candidato atacou as pesquisas de opinião que apontam sua derrota no segundo turno e o crescimento do petista Fernando Haddad. Acamado, com aparência debilitada e chorando em vários trechos da transmissão, Bolsonaro levantou a possibilidade de haver fraude nas eleições de outubro para beneficiar o PT e disse que, caso Haddad seja eleito, ele libertaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, e o nomearia ministro.

Sem conseguir avançar nas pesquisas de intenção de voto, Alckmin tenta desconstruir Bolsonaro para tentar herdar parte dos votos "anti PT". A última pesquisa Ibope, no entanto, mostrou que a maior parte dos eleitores que não quer votar de jeito nenhum no partido de Lula, acaba escolhendo Bolsonaro e não o tucano.

No entanto, Alckmin disse acreditar que os eleitores tomarão suas decisões às vésperas da eleição. Ele diz não ver possibilidade de um segundo turno entre Bolsonaro e o candidato do PT, Fernando Haddad. "Vamos trabalhar muito para que o Brasil tenha opção melhor, para que o país saia das aventuras para trilhar o que interessa para a população. É preciso diminuir um pouco esse ódio e fazer as reformas necessárias", disse.

Estadão
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