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Eleições para governador: Doria e Skaf reeditam propostas em SP

Candidatos de 2018 do PSDB e MDB apresentam modelos de governo semelhantes aos utilizados por eles na Prefeitura de São Paulo e na Fiesp/Sesi

16 ago 2018 - 12h36
(atualizado às 22h03)
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Empatados tecnicamente nas mais recentes pesquisas de intenção de voto na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes nas eleições 2018 , João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB) reeditaram nas propostas protocoladas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) programas e modelos de gestão que faziam parte das administrações, respectivamente, na Prefeitura de São Paulo e na Federação das Indústrias do Estado (Fiesp).

Já o plano de governo do candidato do PT, Luiz Marinho, registrado no TRE, contém apenas duas palavras: "Lula livre".

Skaf, Doria e Marinho - além de Márcio França (PSB), Lisete Arelaro (PSOL), Marcelo Cândido (PDT) e Rodrigo Tavares (PRTB) - participam nesta quinta-feira, 16, do primeiro debate televisionado para das eleições para governador de São Paulo, na TV Bandeirantes, às 22 horas. Nesta semana, os organizadores do debate foram obrigados a incluir Tavares e Cândido na bancada, o que levou a emissora a rever o formato.

Em sua proposta, Doria cita os programas "Corujão da Saúde", "Remédio Rápido" e "Redenção", além das carreatas do "Doutor Saúde", implementados em sua gestão na capital, como referências a outros municípios do Estado para a área da saúde. A ideia do ex-prefeito é dar "apoio à atenção básica a partir do fornecimento de orientações de como reproduzir" esses programas.

Assim como na corrida pela Prefeitura, há dois anos, ele também fala agora em modernizar a gestão, com utilização de tecnologia para inovação, e promete eficiência na alocação dos recursos públicos. Cita ainda a ideia de fazer parcerias com o setor privado, assim como fez quando disputou a Prefeitura.

Em seu plano, Skaf, presidente licenciado da Fiesp, diz que espera dar aos alunos da rede estadual de ensino a "excelência em educação que os alunos do Sesi (Serviço Social da Indústria) têm". Ele ainda fala em utilizar tecnologia para a gestão da saúde e da segurança, com a implementação do prontuário eletrônico, a criação de um Sistema Integrado de Saúde, integrar os sistemas de informação das polícias e criar um Sistema de Controle de Desempenho policial. No plano, o emedebista ainda fala em dar início à construção de novas linhas do Metrô e ampliar os corredores de ônibus em regiões sem rede metroferroviária.

'Deboche'. Ao registrar sua candidatura nesta quarta-feira, 15, o candidato do PT, Luiz Marinho, entregou seu plano de governo contendo apenas "Lula livre" junto com os demais papéis para confirmar a presença do ex-prefeito de São Bernardo do Campo nas eleições 2018. Um "erro", de acordo com a equipe do candidato petista.

Para o cientista político Marco Antônio Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas, o envio do documento soa como deboche. "Ele pode falar 'Lula livre' quando e como quiser. Mas enviar este documento para o TRE mostra pouco respeito pelo instrumento. É um deboche. Isso não é um programa de governo. Quem perde com isso é o eleitor."/ COLABORARAM MARCELO GODOY e PEDRO VENCESLAU

Estadão
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