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Delação do Palocci detalha como e por quanto a eleição de 2014 foi fraudada, diz Marina Silva

A presidenciável afirmou ainda que o partido ao qual foi filiada por 24 anos não faz autocrítica e é responsável 'por essa tragédia' que o País vive

1 out 2018 - 21h35
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A candidata da Rede nas eleições 2018, Marina Silva, aproveitou a delação premiada do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci para criticar o PT nesta segunda-feira, 1º. A presidenciável disse que as declarações comprovam que a eleição de 2014 foi fraudada, como ela sempre defendeu. A presidenciável afirmou ainda que o partido ao qual foi filiada por 24 anos não faz autocrítica e é responsável "por essa tragédia" que o País vive.

"Há quatro anos eu digo que a eleição de 2014 foi fraudada com dinheiro de corrupção. A delação de Palocci detalha como e por quanto. O partido responsável por essa tragédia ética, política e institucional agora está fazendo de tudo para voltar ao poder, sem nenhuma autocrítica", disse a candidata do Twitter.

O juiz federal da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, tirou o sigilo da delação do ex-petista, fechada em abril deste ano. Segundo Palocci, a campanha de 2014 de reeleição da então presidente Dilma Rousseff custou R$ 800 milhões, o dobro do declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sendo maior parte disso de "origem ilícita". Ele alegou ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Lava Jato, saberia desde 2007 da corrupção na Petrobrás.

Nesta eleição, a candidata da Rede tem adotado um tom crítico aos dois lados da chamada polarização, Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), e não tem poupado críticas ao seu antigo partido. Em setembro, ela chamou o ex-presidente Lula, pela primeira vez, de corrupto. Marina costuma defender a Lava Jato, dizer que a Justiça não pode ter "dois pesos e duas medidas" e que Lula está pagando pelos crimes que cometeu.

Marina Silva foi ministra do Meio Ambiente de Lula de 2003 a 2008, quando deixou o governo por divergências com colegas de Esplanada - principalmente, Dilma, então ministra da Casa Civil. No ano seguinte, a presidenciável deixou o PT. Em 2014, foi duramente atacada pela campanha da petista, que acusou-a de tirar comida do prato dos brasileiros ao defender a independência do Banco Central.

Estadão
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