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Confira as propostas dos presidenciáveis discutidas no debate do SBT

Durante o encontro, candidatos a presidente nas eleições 2018 responderam a questionamentos e falaram sobre seus projetos; saúde e geração de empregos foram alguns dos temas mais abordados

27 set 2018 - 11h41
(atualizado às 16h14)
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Os presidenciáveis que disputam as eleições 2018 voltaram a se encontrar no debate do SBT desta quarta-feira, 26. O encontro contou com a presença de oito candidatos: Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota) Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos(PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede).

Jair Bolsonaro, que se recupera do atentado sofrido em Juiz de Fora (MG) no início do mês, não participou do encontro. Os demais presidenciáveis evitaram citar o nome do candidato do PSL, líder das pesquisas de intenção de voto, e centraram suas críticas no PT e em Fernando Haddad.

Além dos ataques de parte a parte, os candidatos falaram sobre seus projetos, com destaques para planos sobre saúde, geração de empregos e educação.

Veja abaixo quais foram as propostas apresentadas durante o debate do SBT:

Alvaro Dias (Podemos)

O candidato do Podemos reforçou o discurso contra a corrupção sustentado em encontros anteriores dos presidenciáveis.

Além da pauta sobre ética, Alvaro Dias também defendeu uma reforma tributária que reduza o número de impostos.

Para a área da habitação, o presidenciável disse que sua proposta é entregar a documentação para cinco milhões de imóveis irregulares. "Investiremos no cidadão. Ele terá a casa própria, com dignidade e segurança", disse.

Alvaro Dias afirmou ainda que é preciso dar um choque de gestão na Secretaria de Nacional de Políticas para Mulheres, prometeu a criação de quatro milhões de vagas em creches e propôs a instituição de um "vale-creche", para que as mães possam escolher onde deixar seus filhos.

?Cabo Daciolo (Patriota)

De fora dos dois últimos encontros entre os candidatos a presidente na televisão, o presidenciável do Patriota chamou atenção durante o debate do SBT, novamente misturando política e religião em suas manifestações.

"Eu acredito, para honra e glória do senhor Jesus, que, no futuro, o senhor e muitos outros vão aceitar o senhor Jesus como salvador da vida e vão tratar os outros como gostariam de ser tratados", afirmou Cabo Daciolo, no primeiro bloco do encontro, ao candidato Henrique Meirelles.

Entre as propostas apresentadas no debate do SBT, Daciolo prometeu revogar a reforma trabalhista e o teto de gastos instituídos durante o governo de Michel Temer (MDB).

O candidato também se comprometeu a manter e ampliar a política de cotas raciais nas universidades e afirmou que, caso seja eleito, 50% de seus ministros serão mulheres.

Ciro Gomes (PDT)

O candidato do PDT, terceiro colocado nas últimas pesquisas de intenção de voto, criticou o PT durante o debate do SBT e disse que, se eleito, preferia que o partido não fizesse parte de seu governo.

Na área da saúde, Ciro Gomes repetiu a proposta apresentada no debate anterior e sugeriu a criação de um fundo de R$ 4 bilhões para financiar premiações para unidades de saúde que atinjam metas de satisfação do usuário e de prevenção de doenças como diabetes e hipertensão. Ciro prometeu também criar 167 policlínicas para realização de exames e consultas com médicos especializados.

Ainda na área da saúde, o candidato afirmou que pretende fortalecer a indústria do setor. "Fazer Saúde mais barata significa produzir no Brasil o que nós estamos comprando de fora", disse.

Na educação, Ciro disse que sua proposta é levar a escola de tempo integral para todos os jovens do ensino fundamental 2 ao ensino médio. Ainda no ensino médio, o candidato afirmou que sua ideia é que os alunos no terceiro ano tenham estágios remunerados financiados pelo governo.

Fernando Haddad (PT)

Na maior parte de suas intervenções durante o debate no SBT, Fernando Haddad defendeu as últimas gestões petistas no governo federal e discursou de forma mais intensa ao falar sobre emprego e educação.

O candidato do PT apontou que para combater o desemprego é preciso realizar uma reforma bancária e uma reforma fiscal "para retomar o investimento público". O ex-prefeito de São Paulo afirmou ainda que é necessário promover uma reforma tributária que alterar o modelo de cobrança de impostos "No Brasil, o pobre paga muito imposto e quem é rico não paga. Vamos inverter essa lógica", disse.

Haddad também criticou o teto de gastos a qual, de acordo com ele, paralisou 2,8 mil obras na área de logística do País, e se comprometeu a retomá-las.

Na educação, o petista disse que é preciso investir no ensino médio. Sua proposta apresentada durante o debate no SBT é que escolas de ensino médio federais "adotem" escolas estaduais de baixo desempenho "para que os estudantes possam ter condições de chegar à universidade".

Geraldo Alckmin (PSDB)

Geraldo Alckmin atacou diversas vezes o PT durante o encontro e apontou que a passagem de Jair Bolsonaro ao segundo turno pode significar o retorno do partido ao governo federal.

Uma das propostas apresentadas pelo tucano foi a de construir três milhões de moradias para famílias de baixa renda. De acordo com suas estimativas, a medida geraria cinco milhões de empregos.

Ainda nesta área, Alckmin prometeu investir em infraestrutura, o que disse ser "emprego na veia". O tucano disse que sua meta é concluir a BR-163 e aprimorar o Arco Norte, para melhorar a saída pelos rios Tapajós e Tocantins.

Para a saúde, Geraldo Alckmin sugeriu investimentos em atendimento primário e saneamento básico. Ele também prometeu um "grande programa de medicamentos" e afirmou que pretende reduzir impostos cobrados sobre remédios.

Guilherme Boulos (PSOL)

O candidato do PSOL repetiu o discurso anti-sistema de debates anteriores e afirmou que pretende revogar as reformas trabalhista e do ensino médio, além do teto de gastos.

Guilherme Boulos defendeu a retomada de investimentos públicos e o aumento de impostos para os "super ricos".

"Quem tem carro, paga IPVA, quem tem jatinho não paga nada. Tem que ter coragem de enfrentar o "bolsa banqueiro", R$ 400 bilhões que vão para pagar taxas de juro exorbitantes da dívida pública", disse durante o debate no SBT.

Boulos afirmou que uma de suas propostas é aumentar a participação popular sobre as decisões do País e, questionado, disse que poderia convocar um referendo para discutir a descriminalização das drogas.

Na segurança pública, o presidenciável do PSOL defendeu a descriminalização das polícias e a revisão da política de encarceramento, com maior investimento em prevenção de delitos.Para a educação, Boulos disse que é preciso ampliar o acesso às universidades públicas e defendeu que programas como o Fies fossem revistos.

Henrique Meirelles (MDB)

O ex-ministro da Fazenda reforçou a ideia de que é preciso retomar o crescimento econômico do País, já apresentada em outros encontros.

Ao comentar sobre a reforma da previdência, Meirelles disse o sistema em vigor hoje é injusto, pois aqueles que ganham mais se aposentam mais cedo, enquanto os mais pobres têm que chegar aos 65 anos. "Minha proposta é de resolver os problemas básicos estabelecendo um sistema mais justo", disse, sem entrar em detalhes sobre sua proposta.

O candidato do MDB sugeriu ainda que o Fies seja estendido para as creches.

Marina Silva (Rede)

Marina Silva subiu o tom algumas vezes contra o PT no debate do SBT e disse que, em um eventual segundo turno entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, não apoiaria nenhuma das candidaturas.

No encontro, Marina apresentou a proposta do programa "Renda Jovem", que terá o objetivo de combater a evasão escolar. A ideia da candidata da Rede é que os alunos do ensino médio ganhem um depósito financeiro a cada ano para que, no momento em que se formem, tenham poupanças de cerca de R$ 3,7 mil.

Marina também se comprometeu a controlar os gastos públicos e propôs que os mesmos sejam limitados à metade do PIB, quando existir superávit primário.

Com falas muitas vezes dirigidas para o eleitorado feminino, Marina prometeu ainda a criação de dois milhões de creches.

Estadão
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