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Candidatos à Prefeitura de Curitiba debatem em praça e cobram transparência de Greca

Oito dos 15 concorrentes participaram do evento marcado por críticas ao prefeito Rafael Greca, que lidera pesquisa de intenção de voto

20 out 2020 - 22h33
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CURITIBA - Em um ato inédito na história política de Curitiba, oito dos 15 candidatos a prefeito da cidade se reuniram na tarde de terça-feira, 20, na Praça Espanha, no Batel, para um debate ao ar livre, que reuniu apoiadores e um pequeno público. Intitulado Palco Aberto, o encontro foi realizado a poucos metros da casa do prefeito Rafael Greca (DEM). Candidato à reeleição, ele não tem comparecido a debates e lidera com folga pesquisa Ibope: tem 47% das intenções de voto contra 6% do segundo colocado. Em comum, todos cobraram transparência da Prefeitura em relação a contratos firmados pela gestão durante a pandemia.

Para o professor de Direito, Paulo Opuszkas (PT), Greca deve respostas para a população. Para João Arruda (MDB), o prefeito deveria explicar algumas ações ao público. "Queremos chamar atenção para as propostas, mas também tirar dúvidas sobre contratos abusivos, essa relação com as empresas de transporte coletivo, do lixo, tudo isso vai lhe custar muito caro", criticou.

O deputado estadual Fernando Francischini (PSL) questionou a falta de transparência e garantiu "uma cidade mais segura", além de elogiar o encontro de candidatos. Eloy Casagrande (Rede) falou sobre a ação do prefeito contra os servidores, professores. "Antes das eleições esteve com eles, mas depois os recebeu até com balas de borracha", lembrou.

Para Camila Lanes (PCdoB), candidata mais jovem do País a disputar a cadeira de prefeito, Greca não presta contas para a cidade. "Enquanto ele descansa agora em seu prédio, a cidade vive 36 horas com água e 36 horas sem", criticou, em relação à crise hídrica que afeta a capital e região.

Também participaram do debate a professora Samara Garratini (PSTU), a psicanalista Letícia Lanz (Psol), os professores Renato Mocelin (PV).

Por meio da assessoria, Greca respondeu às críticas. "A legitimidade de todo debate pressupõe o conhecimento de causa. Ficou claro que meus adversários não o têm, pois a estratégia dos mesmos é fazer ataques orquestrados à minha gestão e à minha pessoa. Preferia que eles tivessem apresentado suas propostas para a cidade. Para mim, o desaforo é a ausência do argumento."

O público não fez perguntas.

Estadão
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