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Campanha de Bolsonaro busca antagonizar com Lula em largada oficial

16 ago 2022 - 10h18
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A campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) deu a largada oficial com a divulgação de um vídeo na madrugada desta terça-feira e aliados buscaram antagoniza-lo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aparece em primeiro nas pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto.

Vídeo publicado nas redes sociais pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), primogênito do presidente e um dos coordenadores da campanha à reeleição do pai, explora em um jingle o perfil do "Capitão do Povo", defensor da família e que não vai enganar a população.

"O Brasil começa agora a decidir seu futuro pelas próximas décadas. Que Deus ilumine a nossa nação para que o Brasil siga no caminho da prosperidade, e não volte ao passado de trevas, com uma quadrilha saqueando o povo brasileiro. É o Capitão ou o ladrão!", disse Flávio Bolsonaro, em postagem no Twitter.

A partir desta terça, está liberada a realização de propaganda partidária e a realização de eventos de arrecadação de recursos para a campanha. Contudo, as doações eleitorais só podem ser feitas por pessoas físicas --mesma regra das eleições passadas.

Simbolicamente, o primeiro ato oficial de campanha de Bolsonaro e do seu candidato a vice-presidente, Braga Netto, será na manhã desta terça em Juiz de Fora. Foi nessa cidade mineira em que ele foi alvo de um atentado à faca perpetrado por Adélio Bispo. Segundo investigações oficiais, ele agiu sozinho --Bolsonaro sempre contestou isso.

Segundo uma fonte da campanha à reeleição, o presidente deverá discursar no local exato onde foi atacado. Um dos caminhos principais é polarizar com o ex-presidente e buscar pregar uma espécie de "campanha do medo" com a eventual volta do petista ao Palácio do Planalto.

De acordo com essa fonte, a intenção também é explorar e buscar intensificar o apoio do presidente perante o público evangélico.

A aposta da campanha, segundo duas fontes, é que Bolsonaro melhore suas intenções de voto e se aproxime de Lula nas pesquisas tão logo a população comece a sentir os efeitos da chamada PEC dos Benefícios, que concedeu, entre outras medidas, um aumento no valor do Auxílio Brasil até o final do ano, e também da redução da inflação, em especial no preço dos combustíveis.

Além do uso massivo das redes sociais, meio em que Bolsonaro teve forte êxito e influência na eleição passada, a campanha aposta também na propaganda no rádio e televisão que começará em breve para reverter a vantagem do petista, com a divulgação dos feitos do governo, de acordo com a segunda fonte. Nesta eleição, a coligação de Bolsonaro é composta pelo PL, PP e Republicanos, todos partidos do chamado Centrão.

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