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Bolsonaro visita Arquidiocese do Rio para reafirmar posição contra aborto e drogas

Candidato do PSL esteve com cardeal arcebispo do Rio e depois foi para a sede da Polícia Federal

17 out 2018 - 10h35
(atualizado às 11h47)
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Após passar a terça-feira sem cumprir agenda externa de campanha, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, foi visitar a Arquidiocese do Rio, no bairro da Glória, zona sul do Rio, na manhã desta quarta, 17. Ele se encontrou com o cardeal arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, para assumir compromissos contra o aborto e legalização das drogas, e visitou a Polícia Federal para "agradecer ao apoio" que a instituição tem dado em sua segurança.

"Assumimos o compromisso em defesa da família, em defesa da inocência da criança, em defesa da liberdade das religiões, contrários ao aborto, contrários à legalização das drogas", disse Bolsonaro. "Ou seja, o compromisso que está no coração de todo brasileiro de bem." No fim, Bolsonaro prestou continência ao religioso.

Bolsonaro afirmou ainda que "não queremos mais flertar com o desconhecido ou com aquilo que não deu certo em lugar nenhum do mundo". Por fim, ele declarou que "esse compromisso, mesmo estando em papel, já estava em nossos corações".

Após visitar Dom Orani, Jair Bolsonaro foi à sede da Polícia Federal, no Centro do Rio. Na segunda-feira, ele já havia estado no Batalhão de Operações Especiais (Bope). Na segunda, ele não deu entrevistas mas brincou com um coronel que foi cumprimentá-lo. "Tô dando continência pro coronel, mas quem vai mandar no Brasil serão os capitães", disse, fazendo referência a sua patente como militar.

Polícia Federal

Na Polícia Federal, Bolsonaro classificou como "desespero" a tentativa da campanha de seu adversário Fernando Haddad (PT) de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a inelegibilidade de sua chapa. Ele também minimizou uma carta de Haddad aos evangélicos e ironizou o petista. "Ele tem que conversar com o Cid Gomes pra ver o que vai fazer da campanha."

Jair Bolsonaro foi a PF para, segundo ele, "agradecer ao apoio" e ao trabalho dos policiais federais que vêm fazendo sua segurança durante a campanha. Com bom humor e despejando ironias, ele não quis comentar a carta de Haddad aos evangélicos. "Não sei da carta dele. Eu sei que ele fez uma live hoje e tinha 400 pessoas (assistindo)", comentou.

"Ele (Haddad) tá perdido. Ele tem que conversar com o Cid Gomes pra ver o que vai fazer da campanha", disparou, em alusão a declarações do senador eleito pelo Ceará e irmão de Ciro Gomes - terceiro colocado na eleição ao Planalto no primeiro turno -, que na segunda-feira teceu críticas ao PT em um ato que deveria ser de apoio ao partido.

Jair Bolsonaro também procurou não dar importância a uma ação no TSE que poderia torná-lo inelegível. "Desespero. Se Deus quiser estamos botando o fim num ciclo que estava levando o País para um regime que não aceita a liberdade, que não aceita a democracia, um regime de exceção. Graças a Deus estamos redirecionando o Brasil", disse.

Urnas eletrônicas

Ao comentar sobre reportagem que mostrou que, na década de 1990, ele defendia o voto eletrônico, Jair Bolsonaro admitiu que era favorável, mas que agora mudou de opinião. "No passado eu fui favorável ao voto informatizado, não nego isso. Só que depois passou-se à desconfiança. É igual um casamento, às vezes não dá certo infelizmente. E o voto eletrônico, no meu entender, gera desconfiança", disse. "Tanto é que você tem centenas, milhares de reclamações, de quem foi votar em mim. Quem foi votar no Haddad, ninguém reclamou."

Estadão
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