'Bolsonaro parece menino mimado, que quando perde o jogo pega a bola e vai embora', diz Alckmin
Presidenciável do PSL mencionou em entrevista que não aceitaria um resultado diferente nas urnas do que sua eleição
Em campanha de rua neste sábado, 29, no bairro da Lapa, na capital paulista, o ex-governador Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência da República nas eleições 2018, comparou o deputado Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL, a um "menino mimado" pelas declarações dadas ontem levantando novamente suspeição sobre a segurança da urna eletrônica e dizendo que não aceitará o resultado da eleição se for derrotado.
Nesta sexta-feira, Bolsonaro disse em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, do programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, concedida do quarto do Hospital Albert Einstein, onde se recuperou de um atentado a faca sofrido no início deste mês, que não poderia falar pelos comandantes militares, mas pelo que via nas ruas, não aceitaria um resultado diferente da sua eleição. E reiterou que a única possibilidade de vitória do PT viria pela "fraude"
Hoje na Lapa, o presidenciável tucano lembrou que Jair Bolsonaro se elegeu sete vezes deputado, e em todas elas a urna funcionou. "Agora, se perder não funciona", ironizou. Além das críticas ao adversário do PSL, Geraldo Alckmin criticou também o candidato do PT, Fernando Haddad, classificando de "um absurdo" a ideia do petista de fazer uma nova Constituição.
Questionado sobre as manifestações femininas convocadas para hoje contra Bolsonaro, o tucano afirmou que o Brasil tem uma grande dívida com as mulheres. Ao detalhar seus projetos para garantir igualdade salarial entre gêneros, disse que uma sociedade plural, como a brasileira, que quer ser justa, não pode permitir a discriminação das mulheres. O tucano reforçou ainda a proposta de valorização do FGTS. "Hoje o dinheiro do trabalhador derrete. Nós vamos aplicar sobre essa poupança a inflação mais juros, para que o dinheiro dos trabalhadores renda mais", disse.