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Política

Bolsonaro e Ciro têm mais interesse de internautas no Google

Deputado usa a rede há tempos para se promover, enquanto o pedetista não é nativo desse ambiente

10 set 2018 - 12h38
(atualizado às 13h30)
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A menos de um mês do primeiro turno, os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT) são os candidatos que aguçam maior interesse ou curiosidade dos internautas. Entre os cinco candidatos mais bem colocados na última pesquisa Ibope (que considerou Fernando Haddad como candidato do PT), eles se consolidaram como os nomes mais buscados no Google.

Os dados foram consultados pelo Terra na ferramenta Google Trends. Um aumento no número de buscas não é necessariamente sinal de maior simpatia dos eleitores. Pode ser, por exemplo, apenas curiosidade – o que também é bom para o candidato.

O gráfico do Google Trends não dá os número absolutos de buscas, mas mostra a comparação dos dados. Ao maior pico entre todos é atribuído o valor 100. O nome de Bolsonaro atingiu a marca após o candidato ser esfaqueado em ato de campanha.

Mais buscados

Fazer sucesso na internet não é novidade para Bolsonaro. Muito presente nas redes há anos, ele tenta usar esse trunfo para compensar seu pouco tempo na televisão, de apenas 8 segundos por bloco da propaganda eleitoral. No fim junho, antes do começo oficial da campanha, já tinha 17% das intensões de voto em cenário sem o ex-presidente Lula, preso em Curitiba – na época, ainda não estava decidido se o petista poderia concorrer.

Ciro, porém, é um político mais tradicional. Foi candidato a presidente em 2002, na época pelo PPS. Os primeiros picos de buscas pelo nome do ex-governador do Ceará foram quando ele perdeu o apoio do Centrão em sua candidatura e, depois, quando Lula manobrou para o impedir aliança entre entre PDT e PSB.

O presidenciável Ciro Gomes, em debate promovido pela TV Gazeta e pelo Estadão
O presidenciável Ciro Gomes, em debate promovido pela TV Gazeta e pelo Estadão
Foto: Gabriela Biló / Estadão Conteúdo

Depois, o pedetista aguçou o interesse dos internautas após o debate promovido pela TV Bandeirantes. Na ocasião, o candidato falou sobre sua proposta para regularizar a situação dos brasileiros com nome sujo por dívida. Teve outro pico no dia seguinte à sua entrevista ao Jornal Nacional, na TV Globo. Ele tem mais tempo que Bolsonaro na propaganda eleitoral, mas também não tem muito: 38 segundos por bloco.

Bolsonaro simula arma com as mãos no hospital, em foto publicada por seu filho Flávio no Twitter
Bolsonaro simula arma com as mãos no hospital, em foto publicada por seu filho Flávio no Twitter
Foto: @FlavioBolsonaro/Twitter

Antes de ser vítima de um atentado, Jair Bolsonaro já tinha bom número de pesquisas por seu nome no Google. Fora a facada, seu pico mais alto de buscas também havia sido após a entrevista ao Jornal Nacional.

Ambos tiveram ganhos nas pesquisas de intensão de voto, que não podem ser creditadas apenas ao que acontece na internet. Bolsonaro saiu de 17% no fim de junho para 22% na primeira semana de setembro, de acordo com pesquisas do Ibope. Ele lidera a corrida eleitoral. No mesmo período, Ciro saiu de 8% para 12%, também segundo o Ibope. Ele divide a segunda colocação com Marina Silva (Rede), igualmente com 12%. A margem de erro das duas pesquisas é de dois pontos percentuais.

Na noite desta segunda-feira (10) será divulgada pesquisa Datafolha. Com dados colhidos após o atentado contra Jair Bolsonaro, o levantamento deverá mostrar pelo menos parte dos possíveis impactos do ataque na campanha presidencial.

Outros picos

Só Marina Silva e Cabo Daciolo (Patriota) tiveram picos de buscas que ultrapassaram Bolsonaro e Ciro. Marina em 31 de agosto, dia seguinte à sua entrevista ao principal telejornal da Globo.

Daciolo foi líder isolado em pesquisas por seu nome no Google quando virou piada nacional. No dia seguinte ao debate da Band, brotaram sátiras sobre uma acusação feita pelo candidato a Ciro Gomes.

Segundo ele, o pedetista faria parte de uma conspiração internacional para transformar a América Latina em uma federação de Estados socialistas. A URSAL (União das Repúblicas Socialistas da América Latina), nos moldes da antiga União Soviética.

O Terra deixou o presidenciável do Patriota fora do primeiro gráfico deste texto porque ele não está entre os cinco candidatos mais bem colocados nas pesquisas – são 13 concorrentes no totoal, e Daciolo não soma sequer 1% de intenção de voto. Montou, porém, outra imagem na ferramenta do Google que compara o interesse por ele com as buscas por Bolsonaro, Ciro e Marina:

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Fonte: Redação Terra
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