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Bolsonaro diz que acima de seus ministros 'tem o comandante, que é Jair Bolsonaro'

Em entrevista na manhã desta quinta-feira, 4, presidenciável ainda prometeu, caso seja eleito, manter direitos sociais e disse 'não admitir a volta da CPMF'

4 out 2018 - 11h53
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O candidato do PSL à Presidência nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, disse na manhã desta quinta-feira, 4, que não admitirá a volta da CPMF. Em entrevista à Rádio Jornal de Recife (PE) , ele também prometeu manter direitos sociais e enfatizou que quem dará as cartas em seu governo, caso eleito, será ele mesmo. "Temos ministro. Mas acima dele tem o comandante, que é Jair Bolsonaro", disse o candidato, que é capitão do Exército e deputado federal. "O presidente serei eu. Tratei esse assunto com ele. Ele disse que foi um ato falho. Não admitiremos a volta da CPMF. Não existirá a CPMF e será mantido todos os direitos, inclusive o 13.º salário", disse Bolsonaro, fazendo referência ao economista de sua campanha, Paulo Guedes, cotado para assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo seu.

Declarações de integrantes da equipe de Bolsonaro na área econômica - e em outras - vêm causando polêmica e desagradando o próprio presidenciável. Há algumas semanas, Guedes desmarcou agendas e sumiu de compromissos públicos desde que sugeriu, entre outras coisas, a volta de um imposto nos moldes da CPMF. Para Bolsonaro, Guedes teve suas declarações distorcidas pela mídia, mas, mesmo assim, determinou ao economista discrição e silêncio nessa reta final da corrida presidencial.

A mesma recomendação foi dada ao seu vice na chapa, general Hamilton Mourão (PRTB), que andou criticando, por mais de uma vez, a existência do 13.º salário dos trabalhadores. "Falei para ele ficar quieto porque afinal de contas, está atrapalhando. O vice geralmente não apita nada, mas atrapalha muito", disse Bolsonaro em entrevista dada à TV Bandeirantes de seu quarto no Hospital Albert Einstein, no fim de setembro, quando ainda estava internado para se recuperar da facada que sofreu em Juiz de Fora (MG) no início do mês passado. Bolsonaro, no entanto, defendeu as declarações de Mourão a respeito do 13.º salário e do adicional de férias. Para o candidato, o general também foi mal compreendido e lhe falta "malícia" no trato com a imprensa.

Estadão
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