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Ausentes, Paulo Câmara e Armando Monteiro viram alvo no debate em Pernambuco

Muitas promessas foram feitas durante o evento e nenhum embate entre os postulantes que compareceram ocorreu

17 ago 2018 - 00h54
(atualizado às 01h21)
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RECIFE - O primeiro debate entre os candidatos ao governo pernambucano nas eleições 2018, realizado nesta quinta-feira, 16, a partir das 19h horas, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife, foi marcado por críticas ao atual governador e candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB) e ao senador Armando Monteiro (PTB), que não compareceram ao evento.

Mais de 300 pessoas, em sua maioria estudantes, compareceram ao encontro entre os postulantes ao Palácio do Campo das Princesas, em que muitas promessas foram feitas e nenhum embate entre os concorrentes ocorreu. Simone Fontana (PSTU), Danielle Portela (PSOL), Maurício Rands (PROS) e Júlio Lóssio (Rede) aproveitaram o espaço reservado para a apresentação das candidaturas para atacar a gestão Câmara e Monteiro desde a abertura do evento.

Monteiro justificou a ausência alegando que tinha agenda previamente definida para esta data e informou a impossibilidade de participar do debate à organização do evento com antecedência. Câmara não respondeu o motivo de não ter comparecido ao evento.

Os outros três concorrentes presentes no debate se apresentaram como novidade diante da "falta de credibilidade" pela qual passa a política no Estado por causa de uma "gestão autoritária" e um "sistema historicamente machista e dominado pelos mais ricos".

"O sentimento em Pernambuco é de descrença com a política por causa desse modo que ela vem sendo feita. Nós estamos aqui para apresentar um projeto diferente", disse Maurício Rands (PROS), que foi ao debate acompanhado da candidata a vice na sua chapa, a ex-vereadora do Recife Isabella de Roldão (PDT).

Os candidatos foram questionados sobre transporte e mobilidade urbana, infraestrutura e desenvolvimento econômico, educação, saúde e segurança pública.

Sobre transporte público, a professora Simone Fontana (PSTU) disse que se eleita vai estatizar todo o sistema, Rands afirmou que sua prioridade será garantir ar condicionado nos coletivos e a integração entre modais. Para a segurança, uma das ideias de Júlio Lóssio (Rede) é construir três penitenciárias agrícolas, para Danielle para reduzir os índices de criminalidade é preciso discutir a descriminalização das drogas - declaração que foi interrompida por aplausos da plateia.

Nas considerações finais, Simone, que é professora aposentada da rede estadual de ensino, afirmou que os problemas de Pernambuco e do Brasil não serão resolvidos com as eleições e propôs "uma rebelião para destruir esse modelo que está aí". A candidata do PSTU reforçou como principal proposta de governo a criação de conselhos comunitários que sejam responsáveis por definir as políticas públicas.

Lóssio se despediu prometendo, se eleito, construir apartamentos para estudantes universitários que precisam morar em outra cidade para cursar a graduação. Rands disse que sua campanha será voltada para despertar nos eleitores "a boa política" e que em um eventual vitória governará, em especial, para as minorias. Danielle concluiu sua participação citando a ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), assassinada em março deste ano.

Estadão
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