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Assessor econômico de Bolsonaro defende programa de desestatização e regime de teto de gastos

O assessor econômico Carlos Alexandre da Costa afirmou que o candidato, caso eleito, manteria o regime de teto de gastos do atual governo, em conjunto com programa de desestatização; questionado, afirmou que tais medidas não devem interferir na infraestrutura

17 set 2018 - 18h59
(atualizado às 19h08)
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Assessor econômico de Jair Bolsonaro, candidato ao Planalto nas eleições 2018 pelo PSL, o economista Carlos Alexandre Da Costa disse nesta segunda-feira, 17, que o candidato, líder nas pesquisas de intenção de voto na corrida pela sucessão presidencial, manteria o regime de teto de gastos públicos aprovado no início do governo de Michel Temer (MDB), se eleito.

Costa afirmou que a norma fiscal não será um impeditivo a investimentos na área se o governo conseguir enxugar outras despesas públicas, em resposta à uma pergunta sobre infraestrutura durante debate em congresso da Abimaq, entidade que representa a indústria de máquinas e equipamentos.

"O Brasil tem um déficit gigantesco em infraestrutura. Em relação ao teto, pretendemos mantê-lo e não acreditamos que será uma restrição. A trajetória de gastos cairá abaixo do teto, de forma que a parcela de investimentos aumenta", comentou o economista, que é ex-diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ele acrescentou que, além de buscar uma acomodação aos investimentos no Orçamento, a recuperação da confiança no governo, em conjunto com estímulos ao mercado de capitais, vai liberar recursos de um mercado que, conforme o economista, está "ávido a investir no Brasil".

Outra estratégia do candidato para redução dos gastos públicos inclui entrar "rapidamente" com um programa de desestatização para redução da dívida pública, segundo o economista. "Não podemos pagar R$ 400 bilhões de juros por ano. Vamos entrar rapidamente com o programa de desestatização", comentou.

Durante o debate, Costa disse que, ao diminuir a conta dos juros, o governo, em conjunto com cortes "drásticos" de gastos públicos, terá espaço para reduzir gradualmente a carga tributária brasileira dos atuais 35% para porcentual mais próximo dos países desenvolvidos: 25%.

Depois de reiterar a promessa de retomada do superávit primário das contas públicas no primeiro ano de governo, o economista assinalou que Bolsonaro pretende fazer uma reforma da gestão pública, com a revisão, por exemplo, das 263 carreiras do governo federal.

Ele manifestou ainda o compromisso do candidato com a reforma da Previdência - com alternativa de capitalização a novos entrantes -, e revisão de programas de incentivo e renúncias fiscais. "Aquilo que não tem impacto, temos que eliminar", comentou.

Estadão
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