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Após vitória nas prévias, Doria vai atrás de alianças

Principal adversário do prefeito na disputa, Márcio França (PSB) calcula já ter 18 minutos de tempo de TV no horário eleitoral gratuito

4 jun 2018 - 14h56
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Após vencer as prévias tucanas no domingo e se firmar como pré-candidato do PSDB ao governo do Estado, o prefeito João Doria vai concentrar os esforços nos próximos dias para definir os partidos que vão estar ao seu lado na disputa. O tucano fechou acordo com o PSD e tenta atrair o DEM e o MDB para contrapor ao seu principal adversário na disputa: o vice-governador e pré-candidato do PSB, Márcio França. O vice do governador Geraldo Alckmin já costurou alianças com cerca de 10 partidos e prevê ter 18 minutos do tempo de televisão no horário eleitoral gratuito.

Doria, que deixa a Prefeitura no dia 6 de abril para se dedicar à campanha, vê no DEM e no MDB a chance de superar França nesse quesito. Os dois partidos têm bancadas que, somadas, contabilizam 92 deputados. No entanto, segundo o presidente emedebista, Baleia Rossi, o partido vai de candidatura própria com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. "Qualquer ruído em outra direção não passa de especulação, sem nenhum respaldo da direção partidária", disse ao site BR18. França tem dito a interlocutores que duvida da formação de uma chapa com PSDB, MDB e DEM.

Depois da vitória neste domingo, Doria garantiu que, "com a legitimidade das prévias", as conversas com outros partidos avançariam a partir desta segunda-feira. "Vamos buscar os partidos que ainda não definiram posição. Em primeiro lugar, prestigiar aqueles que já iniciaram conversas conosco e que estão com boa disposição de avançar nessas conversas." Além do PSD e do DEM, Dória busca o PP e o PRB de Celso Russomanno, segundo a Coluna do Estadão desta segunda-feira.

Márcio França, por sua vez, caminha ao lado de PR, PSC, Pros e Solidariedade. Além deles, o vice de Geraldo Alckmin busca atrair legendas fortes da centro-esquerda, como PDT e PCdoB. A articulação, que faz parte de uma tentativa do PSB de retornar às origens, isola o PT de seus aliados históricos. No momento, o partido caminha para a candidatura própria do presidente do diretório estadual petista, Luiz Marinho, e sofre para angariar apoios.

Com as campanhas de Doria e França, o governador Geraldo Alckmin teria dois palanques para alavancar a candidatura à Presidência da República - pelo menos em tese. Como pré-candidato tucano na disputa pelo Planalto, Alckmin terá de 'trair' Márcio França. Doria, além de pertencer ao mesmo partido, é pupilo político do governador.

Estadão
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