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Aécio: "não cabe a mim solicitar" a Marina subir em palanque

Em Aparecida (SP), tucano exalta grandeza do apoio e diz que não pedirá que candidata suba em seu palanque ou participe da propaganda eleitoral

12 out 2014 - 13h37
(atualizado às 14h05)
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O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, sinalizou neste domingo em entrevista coletiva que não deverá cobrar da ex-senadora Marina Silva (PSB) participação em seus programas de horário eleitoral, nem em palanque, durante o segundo turno da campanha. Uma semana após ser a terceira presidenciável mais votada no primeiro turno, Marina anunciou hoje que votará e apoiará o tucano no segundo turno. “A partir de agora somos um só corpo, um só projeto para o Brasil, em favor dos brasileiros”, definiu o tucano.

Aécio fala à imprensa ao lado da mulher, Letícia Weber
Aécio fala à imprensa ao lado da mulher, Letícia Weber
Foto: Janaina Garcia / Terra

No Santuário Nacional, em Aparecida, no Vale do Paraíba (SP), Aécio participaria da missa solene pelo dia de Nossa Senhora, às 9h, mas teve problemas em função do tempo, no Rio, e só conseguiu decolar após as 10h. Ele chegou à cidade acompanhado da mulher, Letícia. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e a primeira-dama, Lu Alckmin, bem como o senador eleito José Serra, que viajou sem a mulher, Mônica Serra, participaram da cerimônia religiosa.

De acordo com o candidato, ontem à noite Marina telefonou a ele e o comunicou sobre o apoio. “Recebi a notícia com enorme alegria, mas obviamente que não cabia a mim dizer antes dela –que é representante de um segmento de pensamento na sociedade brasileira. Coube a mim respeitar seu tempo; obviamente que teve etapas de conversa com aqueles que a acompanharam e ela quis naturalmente ouvir e dar satisfação àqueles que a seguem, mas fico feliz que tenha tomado a decisão no tempo certo”, disse o tucano.

Palanque e TV

Indagado se ele pediu ou pedirá a Marina que o acompanhe no horário eleitoral ou nos palanques do segundo turno, o tucano riu. “Acabo de receber uma manifestação dessa dimensão, dessa grandeza, não cabe a mim solicitar absolutamente mais nada a ela”, declarou o tucano, que completou: “Fizemos um acordo programático em favor do Brasil”.

Questionado se Marina teria feito novas exigências em troca do apoio, Aécio enfatizou o que vem dizendo desde o apoio de partidos como PSB e PSC a sua campanha: “Nosso plano de governo é absolutamente convergente, e na verdade um plano de governo é uma obra em permanente construção. Nosso compromisso foi com a manutenção das políticas sociais, com a luta permanente pelo desenvolvimento sustentável, com o absoluto compromisso com a democracia e com as liberdades individuais, tudo isso nos aproximou”, concluiu.

O candidato disse que ainda não tem nenhuma agenda marcada ao lado de Marina após o anúncio de apoio dela, mas disse estar aberto à possibilidade.

Primeiro turno

Com 21,32% ou 22,1 milhões de votos no primeiro turno, Marina Silva ficou em terceiro lugar, atrás de Dilma Rousseff, que obteve 41,59% dos votos do eleitorado (43,2 milhões no total), e Aécio Neves, que chegou ao segundo turno ao obter 33,55% (34,8 milhões). O PSB, partido pelo qual Marina concorreu, anunciou na última quarta-feira apoio a Aécio, mas seu presidente, Roberto Amaral, declarou apoio a Dilma. A Rede Sustentabilidade, grupo político criado por Marina e que deve se tornar um partido, recomendou voto em Aécio, branco ou nulo.

Fonte: Terra
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