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Brasil deve ir além do Ciência sem Fronteiras, diz British Council

Especialista britânico diz que as universidades brasileiras precisam focar na atração de pesquisadores e alunos estrangeiros

7 nov 2013 - 15h11
(atualizado às 15h11)
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Com experiência de mais de duas décadas como gestor do ensino superior no Reino Unido, John Bramwell defende o programa federal Ciência sem Fronteiras, que leva brasileiros para estudar nas melhores universidades do mundo, mas diz que as instituições de ensino do País precisam avançar por conta própria na internacionalização. Diretor do British Council para as Américas, o especialista em educação superior palestrou no seminário Impactos e Tendências da Internacionalização da Educação, organizado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e pelo British Council no final de outubro.

Em entrevista à Unesp, o britânico, que morou um ano em São Paulo e atualmente vive no México, argumentou que após o impacto internacional positivo do Ciência sem Fronteiras, é hora de as universidades do País focarem na atração de pesquisadores e alunos estrangeiros.

"Eu acho que existe um modelo para países emergentes onde você pode começar por um programa de mobilidade externa, como o Ciência sem Fronteiras, mas em algum momento você precisa buscar a atração de pessoas. E isso é muito mais difícil de fazer. Para a mobilidade externa, você precisa de dinheiro e pagar as pessoas para irem. Para trazer pessoas, você precisa se preocupar com idiomas, adequação do currículo, uma série de novas questões", disse.

O especialista frisou ainda a importância de trazer pesquisadores de fora para o Brasil, e não apenas mandar "privilegiados" para o exterior. "É preciso olhar para a atração de estudantes e pesquisadores, entender o que a internacionalização significa para os pesquisadores locais e como estabelecer acordos duradouros com outros países, para não ter que gastar montanhas de dinheiro enviando alguns privilegiados para estudar no exterior".

O diretor também comentou o desempenho das universidades brasileiras nos rankings, relativizando a importância destas listas de avaliação, e afirmando que a queda do Brasil se deve à melhora das demais instituições: "quando falamos de internacionalização e qualidade de pesquisa, ficar parado não é uma opção".

Fonte: Terra
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