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Robôs de Investimentos: o futuro do mundo das Finanças?

6 mar 2018 - 14h26
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Ben Goertzel, fundador e CEO da SingularityNET, fundou a empresa de serviços financeiros "Aidyia" com um time de cientistas da computação e veteranos do mercado financeiro. O objetivo? Utilizar Inteligência Artificial para identificar padrões no mercado e assim conseguir fazer previsões de preços de ativos. Em 2016, Goertzel e sua equipe criaram um fundo que opera sem intervenção humana, baseado em algoritmos inspirados em teorias de evolução genética e lógica probabilística. A cada dia, depois de analisar preços e volumes de negociação de ativos, dados macroeconômicos e resultados financeiros das empresas, os computadores decidem sobre a melhor forma de operar. Segundo Goertzel:

Foto: DINO

"Mesmo que todos nós morrêssemos, as máquinas continuariam a fazer trades".

Na verdade, os fundos já vêm utilizando computadores para análise massiva de dados há anos, principalmente para operar "high frequency trading" (compra e venda de ativos em escala em intervalos de segundos). A diferença é que a tecnologia tem se sofisticado para identificar, no longo prazo (dias, semanas, até mesmo meses) quais serão os melhores investimentos na tentativa de se antecipar às mudanças de tendência de mercado. Instituições financeiras no mundo todo estão rapidamente automatizando tarefas geralmente conduzidas por humanos, como gestão de fortunas, trades por algoritmos e gestão de risco.

De acordo com a Consultoria Opimas, cerca de 230 mil empregos no setor de Finanças podem desaparecer até 2025, substituídos por "Agentes de Inteligência Artificial". Com o auxílio da tecnologia, ao invés de cada fundo de investimento ser comandado por dois gestores, cada gestor no futuro poderia administrar cerca de 10 fundos. Segundo Matt Thomas, sócio da KPMG: "Podemos ver, em um horizonte de 5 anos, processos relativamente automatizados na área de gestão de fundos, unindo análise de dados, escolha de ações para formação de carteira, decisões de investimento e trades automáticos".

Seriam então os robôs de investimentos o futuro do mundo das Finanças?

Nos Estados Unidos, robôs de investimentos já são uma tendência bastante forte e por isso os mesmos tem que seguir as mesmas regras da SEC (o equivalente a CVM, órgão regulador do mercado) que incidem sobre a profissão do Analista de Investimentos. Ou seja, precisam ter registro e seguir o que dita o "Investment Advisers Act", regulamento que visa garantir que os interesses dos clientes de instituições financeiras sejam colocados sempre em primeiro lugar. A imagem abaixo demonstra os valores geridos por serviços de automatização de investimento das principais empresas do setor no mercado americano:

As vantagens da automatização para o investidor

Historicamente, pessoas que desejassem iniciar seus investimentos tinham duas opções: estudar por conta própria e aprender com a experiência, ou então contratar alguém para gerir seu dinheiro.

Aprender sobre investimentos e administrar seus próprios recursos requer dedicação, tempo, disciplina e estrutura emocional para não tomar decisões precipitadas em momentos de crise. É preciso ter suficiente autoconhecimento e objetivos claros de forma a traçar uma estratégia que seja sustentável no longo prazo. Também é preciso discernimento para não cair na tentação de ganho fácil e rápido com ativos de qualidade duvidosa, mas que viram "a dica do momento" nas discussões de fóruns de internet.

Mesmo algo simples como a renda fixa tem suas particularidades dependendo do cenário macroeconômico de tendência de alta ou queda da Selic. Se o investidor desejar diversificar seu portfólio e enveredar por ativos mais sofisticados como Opções e Forex, seu tempo de estudo e dedicação são ainda maiores. Ou seja, é possível seguir em "carreira solo", mas não é um objetivo que se alcance sem esforço.

A "terceirização" das decisões de investimento pode ser feita de várias formas. A mais comum é aplicar o dinheiro em um fundo administrado por um gestor, pagando por isso taxas de administração e performance que variam dependendo do perfil de cada fundo. Neste caso também há uma barreira de entrada, que é o capital mínimo exigido para que um investidor seja aceito como cliente. Este valor pode variar muito, passando da marca de 1 milhão em algumas instituições financeiras.

É possível comprar relatórios de diferentes consultorias que fazem recomendações de investimentos, ou mesmo contratar uma consultoria personalizada que vai montar um portfólio específico com base nas necessidades do cliente. Em ambos os casos é imprescindível conhecer a qualificação do profissional ou empresa em questão. Consultores empregados por bancos, por exemplo, podem simplesmente tentar vender produtos que tragam lucros para quem paga seu salário, não para seu cliente. Consultores de baixa qualificação podem orientar o cliente de forma equivocada, sugerindo o produto da moda com riscos que ele mesmo não conhece a fundo.

Atualmente há uma terceira alternativa para o investidor que é a utilização de robôs de investimento. De forma simplificada: um robô de investimentos é um método para automatizar a alocação de seus recursos em diferentes aplicações utilizando um software baseado em algoritmos. As vantagens para o investidor são muito atraentes:

- Baixo custo: dispensa o pagamento de consultores e não envolve taxa de performance a ser paga para fundos de investimentos. O custo inicial de aquisição é diluído no tempo à medida que se atinge retorno nas operações.

- Objetividade: a impulsividade fruto de emoções humanas em momentos de euforia/crise são deixadas totalmente de fora do processo de tomada de decisão. Compra e venda de ativos são executadas com rapidez e agilidade, baseadas em ferramentas estatísticas e não no medo de perder dinheiro.

- Privacidade: não é necessário informar outras pessoas, seja um Consultor, Gerente de Banco ou Gestor, a respeito do montante de seu patrimônio, ganhos ou perdas, e objetivos nos investimentos. Ou seja, a solução digital tem também a vantagem de preservar a privacidade do cliente.

- Acessível a qualquer investidor: não é necessário ter um valor inicial alto para investir, como é exigido por alguns fundos de investimento. Também não é preciso dedicar muitas horas de estudo para operar ativos mais complexos.

Website: http://www.fric.com.br

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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