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Pesquisa mostra a importância do envolvimento de professores e alunos na conscientização de práticas de sustentabilidade

Ações desenvolvidas no colégio Galois, em Brasília, geram impacto positivo dentro e fora da sala de aula

11 jul 2018 - 16h34
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Formar uma geração mais consciente sobre o meio ambiente. O que poderia ser um futuro, tornou-se necessário agora no presente, pois os problemas de degradação ao planeta, como desperdício de água, acúmulo de lixo, poluição e tantos outros, já estão trazendo sérias consequências. Cientistas americanos descobriram que, de 1950 até 2015, foram produzidas 8,3 bilhões de toneladas de plástico no mundo. Desse número, 6,3 bilhões de toneladas se tornaram resíduos e apenas menos de 10% foi reciclado. Por isso, se faz cada vez mais necessário desenvolver ações que realmente coloquem ideias sustentáveis em prática. É o caso do Colégio Galois, em Brasília. Desde o início de sua fundação, a instituição envolve crianças e adolescentes em projetos educativos para mostrar a todos que atitudes diárias fazem toda a diferença na construção de um amanhã melhor. "Aqui já abolimos o uso do copo plástico nos bebedouros, o que levou a uma redução de mais 62 mil copos descartáveis por mês. Uma escola que pensa em sustentabilidade deve ser criativa e estimular comportamentos que vão além da sala de aula, que impacte positivamente família, amigos e toda sociedade", afirma Nei Vieira, diretor pedagógico do Ensino Fundamental II do colégio.

Foto: null / DINO

A Fazenda Galois é outro destaque. O projeto ensina o aluno a adotar medidas positivas que podem impactar na qualidade de vida do planeta e das próximas gerações. "Lá as crianças colocam em prática a preocupação de cuidar do nosso espaço como um todo, protegendo os animais, preservando a água, entre outras atividades. O lixo também é reaproveitado. Eles pegam todo o material que seria jogado fora, como papel, garrafas, madeira e transformam em artesanato, luminária, relógios, casinhas, brinquedos, entre outros. É uma forma de reduzir, recriar e reutilizar", explica a professora Cristina Moura, coordenadora da Fazenda Galois. Na sala de aula, a conscientização continua. "Nossa preocupação é trabalhar o tema sustentabilidade em todas as disciplinas. Nas aulas de gramática, por exemplo, uso textos, exercícios e imagens associados à reciclagem e ações de preservação", ressalta Fabiana Spada, professora de Gramática do colégio Galois.

Esta vivência diferenciada chamou atenção da dra. Laércia Abreu Vasconcelos, pós-doutoranda do Departamento de Psicologia da Universidade de Brasília e do dr. Júlio César de Rose (Universidade Federal de São Carlos, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Comportamento, Cognição e Ensino). Eles escolheram o Galois para colocar em prática a pesquisa Fortalecimento de práticas culturais de sustentabilidade: a promoção de redes entre crianças, professores e gestores na escola. Realizada desde 2017, foi validada em eventos científicos nacionais e internacionais e está na fase final de publicação dos dados. Durante os trabalhos, foram discutidas diferentes formas de conscientização ambiental, inclusive o uso responsável do plástico, a diminuição de copos descartáveis e o aumento de garrafas reutilizáveis em sala de aula. "Podemos afirmar que, no início da pesquisa, o levar a garrafinha para escola oscilava, aproximadamente, entre 30% das crianças. Agora, esse número já chega a uma média de 70%", disse a pesquisadora, que também trabalhou a importância do lixo zero. "O lixo seco significa novas formas de consumo. É diminuir sua produção, reutilizar o papel, separar os resíduos corretamente para reciclagem e cuidar melhor do espaço", explica a professora. Segundo ela, a prática tem uma aplicação valiosa em várias áreas, como menor consumo de água, de energia, de contaminação química, entre outras séries de benefícios cíclicos. "Se antes os estudantes já tinham esta preocupação, com a intervenção, houve uma queda nos resíduos nos momentos de lanche, bem como dentro da sala de aula, que passou a ter um lixo muito menor em quantidade e melhor qualidade", revela a dra. Laércia.

Todos os participantes receberam selos e certificados com o símbolo do infinito - uma espécie de incentivo para continuarem utilizando essas práticas sustentáveis dentro e fora da escola. "É muito bonito ver que os alunos abraçam a causa e têm consciência de que é preciso fazer diferença. Eles falam em casa e alertam as pessoas de forma muito convincente. É um discurso empoderado sobre os cuidados com o meio ambiente", avalia a professora Francine Cária, coordenadora de Ciências do Ensino Fundamental II no Galois. Atitudes adotadas pelos alunos João Bandeira e Juliana Torres. "Eu já tinha esta preocupação ambiental, mas quando o Galois me apresentou o projeto comecei a praticar essas ações com mais eficiência e em grupo", assegura João. "No supermercado, peço para não usarem sacolas de plástico. Em casa também fico sempre de olho. Não deixo luzes acesas sem necessidade, fecho a porta da geladeira, converso com meus familiares sobre a importância de economizar água... e por ai vai. É uma semente que estou plantando e quero levar para a vida toda", conta Juliana. "Como não podemos transformar o mundo imediatamente, podemos começar a mudança por nós. Este trabalho de conscientização é muito valioso, principalmente entre as crianças. É gratificante ver essa turma participando e cobrando de nós, adultos. É uma troca muito rica. Fico feliz em ver que o Galois tem essa preocupação com o futuro de nossos filhos e netos", completou Lucyana Veja, mãe do estudante Leonardo Veja.

Website: https://www.galois.com.br/

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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