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Expectativa do mercado quanto à eleição é por estabilidade jurídica

17 out 2018 - 11h10
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Para o investidor estrangeiro, a discussão sobre se o próximo presidente da República será progressista ou conservador é acessória; importante, sim, é saber se ele vai se ater às regras do jogo e manter a estabilidade jurídica no país. A avaliação é dos sócios-fundadores da Vision Brazil Investments (gestora de recursos focada em investidores institucionais), Amaury Fonseca Junior e Fabio Greco.

Foto: DINO / DINO

"Não faz diferença o candidato ser mais pró-público ou pró-privado ou o que ele fala em seus discursos. A preocupação do investidor é em relação ao marco jurídico regulatório, ou seja, se ele vai permanecer com suas regras até o fim do mandato", explica Fonseca Junior.

Havia uma expectativa de que os programas econômicos dos candidatos que estão no segundo turno fossem apresentados antes do primeiro turno da eleição presidencial. "Mas, não foi o que aconteceu. Então, fica mais limitado um investidor de longo prazo estar por aqui, pois ele não sabe quais são as regras do jogo", diz Greco, da Vision Brazil Investments.

O mercado financeiro reagiu negativamente às declarações de um dos candidatos à Presidência da República feitas na terça-feira (9), quando afirmou que não pretende vender o controle da Eletrobras no próximo ano, caso seja eleito. O projeto para a desestatização da estatal de energia está em tramitação no Congresso. No dia seguinte, quarta (10), o Ibovespa encerrou com queda de 2,8%, e o dólar fechou cotado a R$ 3,76 (alta de 1,42% sobre o real). Entre os bancos, a falta de detalhamento sobre as propostas para a economia dos candidatos gera incerteza sobre se ambos conseguirão implementar suas medidas. Ambos já sinalizaram que não pretendem prosseguir com o projeto apresentado pelo governo Temer de reforma da Previdência.

Para os gestores da Vision, o Brasil precisa com urgência implementar uma reforma do sistema previdenciário crível, mas só isso não resolve o problema nem traz crescimento. "É como um paciente na UTI. É necessário primeiro estancar a hemorragia para depois tratar o problema e se fortalecer. O capital estrangeiro de longo prazo com foco em infraestrutura e energia é fundamental para o crescimento do pais. Não estamos falando de capital especulativo, e sim de investimentos com horizontes de 10 a 30 anos. A única maneira de atrair estes investidores é mandar uma mensagem clara que o marco jurídico-regulatório é estável e atrativo", completa Amaury Fonseca Jr.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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