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Executivo Flavio Maluf comenta sobre os desafios da gestão no setor industrial

Segundo o IPEA, a economia está rumo à estabilização

6 out 2016 - 10h21
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A indústria brasileira parece estar voltando a respirar. Segundo o Termômetro da Indústria, nova ferramenta de interação utilizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), cinco indicadores, de um total de nove, passaram a apresentar desempenho positivo entre os meses de junho e agosto. Presidente da empresa Eucatex, Flavio Maluf comenta sobre os desafios da gestão da indústria brasileira e sobre as mudanças que, mesmo de maneira gradual, já estão ocorrendo.

Diferentes fontes reuniram dados a partir de um amplo conjunto de indicadores e avaliou-se que um possível início de recuperação da economia brasileira está por vir. O empresário Flavio Maluf informa que, de acordo com a Carta de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA), o ciclo recessivo que estava afetando a economia do Brasil desde o segundo trimestre de 2014 vem diminuindo substancialmente.

Conforme avalia Leonardo Melo de Carvalho, o responsável por assinar a pesquisa, "a recuperação deverá ser gradual e se relaciona à dinâmica do mercado de trabalho".

No segundo trimestre deste ano, o setor industrial avançou cerca de 0,3%, conforme consta nos dados das Contas Nacionais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse avanço interrompeu uma sequência consecutiva de cinco quedas e, consequentemente, reflete a melhora no cenário da indústria neste ano de 2016. O executivo Flavio Maluf reporta que o que mais tem contribuído para esta melhora são o bom desempenho da produção no decorrer dos sete primeiros meses deste ano, o modesto processo de substituição de importações e a evolução no ajuste de estoques.

Com os investimentos estando em um cenário mais otimista, é provável que a FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) - que é a representação da soma de investimentos públicos e privados do país - volte a se tornar um fator de liderança no tocante ao crescimento da atividade econômica. Afinal, mesmo a queda de 3,8% no PIB em relação ao segundo semestre do ano de 2015 tenha sido a nona consecutiva, uma sensível melhora foi sentida. Flavio Maluf noticia ainda que, segundo os estudos feitos, essa recuperação poderá tomar maiores dimensões caso os níveis de confiança também melhorem. O das famílias, por exemplo, acumulou ganhos de 22,2% nos primeiros oito meses do ano.

Conforme ressalta Flavio Maluf, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) mostra que os resultados positivos alcançaram 51,5 pontos em agosto. Um número impressionante visto que, pela primeira vez em 28 meses, o ICEI ultrapassou a marca dos 50 pontos que separa o otimismo do pessimismo.

Segundo o IBGE, a produção industrial teve um crescimento de 1,1% no mês de junho em relação ao mês de maio. Este foi o quarto aumento consecutivo na produção que, na análise da CNI, confirma a reversão da queda registrada desde o ano de 2013.

É válido destacar que o consumo do governo ainda se conserva como o elemento da absorção doméstica que menos reuniu perdas no decorrer da recessão. A queda foi de apenas 2,2% no período.

Flavio Maluf reporta que a queda da atividade dos setores de serviço e consumo está, gradativamente, desacelerando-se. A recuperação da economia poderá ser lenta e dependerá, principalmente, de ações efetivas que visem reequilíbrio das contas públicas e de reformas estruturais, como a trabalhista e a da Previdência.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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