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Escritor e educador paulistano com paralisia cerebral, após lançar 74 livros, diz ainda ter muitos planos e objetivos

8 ago 2018 - 16h56
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Atingindo cerca de 150 mil brasileiros todos os anos, segundo dados do Hospital Israelita A. Einstein, a paralisia cerebral é uma lesão que pode ocorrer por falta oxigênio no cérebro do bebê durante a gestação, no parto ou até dois anos após o nascimento. Sua principal característica é a espasticidade, um desequilíbrio na contenção muscular que causa tensão e inclui dificuldades de força, equilíbrio, comprometimento da coordenação motora e problemas na fala.

Foto: Emílio Figueira - Foto: Giselle Bohnen / DINO

Ter uma lesão cerebral não significa, necessariamente, ser acometido de danos intelectuais, como é o caso do escritor a educador Emílio Figueira, cuja parte de suas obras, artigos e materiais sobre Inclusão estão disponíveis gratuitamente em seu site www.emiliofigueira.com

"Ao adquiri paralisia cerebral no final dos anos 60, para grande parte das pessoas que me conheciam, eu já estava com o meu destino traçado. Ser dependente das outras pessoas, isolado dentro das instituições. Ainda mais naquela época onde nós, pessoas com deficiência, vivíamos totalmente excluídos", comenta o autor que decidiu por um caminho oposto.

História contada no vídeo biográfico "Emílio Figueira, Uma Vida Com Muitos Caminhos", disponível no YouTube.

Em uma época em que nem se falava de inclusão e os preconceitos eram muito mais latentes, Figueira nunca se deixou abater por sua deficiência motora com sérias sequelas na fala e movimentos do corpo, vivendo intensamente inúmeras possibilidade nas artes, no jornalismo, na ciência e na literatura.

Aos 16 anos publicou seu primeiro livro com 56 poesias românticas. Já escreveu mais de 150 livros, sendo 74 já publicados e 40 originais foram queimados por considerá-los apenas um exercício de estilo e ritmo de escrita, conta o escritor sorrindo, afirmando que agora pretende se dedicar mais ao ofício da ficção.

Como dramaturgo, escreve peças para o teatro, roteiros para cinema e televisão. Sempre fez inúmeros cursos de artes plásticas, literatura e música, história da arte e história da música além de pintar alguns quadros e acumula dezenove prêmios.

CONFISSÕES DE UM BOM MALANDRO

Envolvido em pesquisas e redação de 98 artigos científicos, é autor de uma variada obra de livros impressos e digitais, cuja construção dessa trajetória ele conta agora no livro "Confissões De Um Bom Malandro" com distribuição gratuita da versão digital disponível em http://emiliofigueira.com/emilio-figueira-lanca-suas-memorias-em-versao-gratuita/

"Escrever essas memórias mexeu muito comigo. Resolvi correr atrás dos meus sonhos de infância que é chegar a ser publicado por uma grande editora e escrever como colunista ou blogueiro de um grande órgão de comunicação", revela o escritor.

Com graduações em jornalismo, psicologia e teologia, cinco pós e dois doutorados, Figueira é professor e conferencista de pós-graduação em temas que envolvem Psicologia e Educação Inclusiva, criando um treinamento online para professores, onde sozinho ajudou a formar mais de 22 mil professores no Brasil e exterior, sendo grande parte da região norte e nordeste. Além de viajar por todo o país ministrando palestras, escreveu mais de 25 livros e artigos sobre o assunto.

"Gosto de fazer pirraça para os meus pensamentos limitantes. Sempre que eles dizem que não sou capaz de fazer algo, vou lá e faço, mesmo que não seja exatamente como as demais pessoas, mas faço de meu jeito", diz Emílio com o sorriso de alguém que têm muitas histórias para contar e ainda muitos objetivos que pretende realizar, principalmente na literatura, no teatro e no cinema.

Foto: Giselle Bohnen - Projeto "Arte, Fotografia e Inclusão Social"

Website: http://www.emiliofigueira.com

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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