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Doenças reumatológicas também podem ser diagnosticadas em crianças

Médica alerta que pais devem ficar atentos, principalmente nas mudanças de comportamento dos filhos

9 ago 2018 - 08h25
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Quando o assunto são doenças reumatológicas é comum pensar que as mesmas sejam exclusivas na população adulta. No entanto, existe um grande número de diagnósticos que afetam crianças e adolescentes e que, em alguns casos, pela dificuldade na detecção dos sinais e sintomas são encaminhados tardiamente para uma avaliação especializada.

Foto: foto: Rubens Flôres / DINO

De acordo com a médica reumatologista pediátrica do Centro Catarinense de Imunoterapia (CCI), em Florianópolis, Fabiane Mitie Osaku, embora semelhantes, existem particularidades das doenças reumatológicas na infância e na fase adulta.

A dor músculoesquelética é uma das queixas mais comuns em consultas pediátricas. Um profissional habilitado poderá diferenciar a dor benigna em membros de outras patologias que cursam com este sintoma. A "dor do crescimento" é recorrente, com períodos assintomáticos, na maioria das vezes em membros inferiores, geralmente não articulares e que interferem no sono.

Ainda segundo a médica, a doença mais frequente na faixa etária de 0 a 16 anos, é a Artrite Idiopática Juvenil (AIJ), uma doença inflamatória crônica que acomete as articulações e órgãos como a pele, os olhos e o coração. Outras patologias inflamatórias, como a Febre Reumática, o Lúpus Eritematoso Sistêmico, a Dermatomiosite, a Esclerodermia e as Vasculites (na pediatria as mais comuns são a Púrpura de Henoch Schonlein /Vasculite IgA mediada e a Doença de Kawasaki) também podem acometer crianças e jovens desta faixa etária.

Fabiane recomenda que os pais fiquem atentos em algumas alterações na rotina dos filhos, pois podem ser indícios destas doenças. Uma delas, tida como a principal, é a mudança de comportamento.

"Quando a criança começar a restringir alguns movimentos, ficar mais irritada em algum horário do dia, ter alterações na qualidade do sono, queda no rendimento escolar, apresentar fadiga crônica, lesões cutâneas ou indicar dores localizadas é importante buscar uma avaliação médica", orienta.

Segundo Fabiane, como são doenças crônicas, que não têm cura, é importante que o diagnóstico seja feito o mais precoce possível para evitar danos irreversíveis e para que o tratamento possa garantir uma maior qualidade de vida.

O tratamento deverá ser individualizado, podendo requerer uso de medicamentos (anti-inflamatórios, corticosteroides, antibióticos e drogas para prevenir a progressão da doença, como imunossupressores e agentes biológicos), mudança de estilo de vida, avaliação multidisciplinar e realização de exames complementares periodicamente. Ainda de acordo com a médica, a família tem um papel muito importante, pois além de ficar atenta na qualidade física, psicológica, social e escolar, vão ajudar a monitorar e incentivar a adesão e realização das terapias para o controle da doença.

Website: http://www.cci.med.br

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