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Câmbio afeta cuidados com o solo e rendimento do agronegócio

Pelo menos 70% dos solos no Brasil apresentam acidez elevada

16 abr 2020 - 17h28
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A forte variação cambial vivida pelo Brasil nas últimas semanas reforça a importância de uma prática fundamental para o solo: a calagem. A variação faz com que o custo médio do calcário agrícola seja pelo menos oito vezes, em média, inferior ao fertilizante. Mais do que dúvida sobre cálculos da calagem, o cenário afeta a construção do perfil do solo.

Os dois insumos são utilizados na calagem, que é a correção da acidez do solo. Um solo corrigido apresenta melhores resultados na colheita. A estimativa é que uma área preparada com calcário necessite de menos fertilizante. Pelo menos 70% dos solos no Brasil apresentam acidez elevada, uma característica de regiões tropicais.

A tonelada de um corretivo como o calcário, na média, está em R$ 130 já posto na fazenda. Fórmulas simples do fertilizante custam perto de R$ 1 mil. "O rendimento do fertilizante seria superior se antes houvesse a aplicação de calcário", afirma o presidente da Abracal, João Bellato Júnior. "Falamos da propriedade, mas, em outras palavras, estamos abordando questões como redução de custos e rentabilidade do negócio".

O corretivo é abundante no país, enquanto o fertilizante fica mais exposto às variações cambiais por apresentar elementos importados na composição. Especialista em Nutrição de Solos, o engenheiro agrônomo Jairo Hanasiro chama a atenção para o impacto do acompanhamento técnico no custo da lavoura - e, portanto, no resultado obtido.

"O calcário também deve ser avaliado a partir de outros pontos. O custo do frete é um deles", diz Hanasiro. "A troca de informações também ganha força na medida em que o produtor rural passa ao agrônomo qual a cultura que será adotada e a reatividade pretendida na ação".

Os dados que virão da análise de solo influenciam o processo, destaca Jairo Hanasiro. A análise é um procedimento de baixo custo, mas que direciona todo o procedimento - dento dos objetivos do produtor.

Bellato destaca que grande parte dos resultados obtidos pela agricultura nacional vem da adoção da calagem. "Do contrário, a expansão da área utilizada teria que ser bem maior. O grande e o médio produtor já notaram o ganho trazido pela aplicação de corretivos, como o calcário. Falta chegar ao pequeno agricultor", relata.

Esse quadro resulta no consumo nacional de aproximadamente 40 milhões de toneladas de calcário. O ideal, diz Bellato, seria de pelo menos 80 milhões. "Há regiões que suportariam até triplicar o volume hoje aplicado".

Website: http://www.abracal.com.br/home

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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