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Atividade da construção civil registra queda em Minas Gerais

Pesquisa, divulgada pelo Sinduscon-MG, revela, no entanto, que expectativas de curto prazo são positivas

20 abr 2018 - 15h04
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Os indicadores apurados pela Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais refletem as dificuldades de recuperação que o setor vem enfrentando. A atividade e o número de empregados recuaram em fevereiro, com índices inferiores a 50 pontos, valor que separa retração de aumento. No entanto, a contração da atividade foi a menor para o mês em quatro anos e a queda do emprego, embora mais intensa que há um ano, foi inferior à registrada em fevereiro de 2015 e de 2016.

De acordo com o economista e coordenador do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Daniel Furletti, "apesar da retração da atividade, as expectativas seguem positivas, em março, pelo terceiro mês consecutivo, depois de quase quatro anos de índices abaixo de 50 pontos. Os empresários da construção esperam uma evolução favorável da atividade e dos novos empreendimentos e serviços; consequentemente, pretendem aumentar as compras de insumos e matérias-primas e o número de empregados nos próximos seis meses", diz. O índice de intenção de investimento, contudo, recuou ante fevereiro e continuou em patamar baixo.

Em fevereiro, o indicador de atividade da construção apontou queda, com 40,3 pontos. Embora inferior a 50 pontos desde novembro de 2012, o que mostra contração da atividade, o indicador cresceu 0,7 ponto percentual frente a janeiro, interrompendo três meses sucessivos de recuo, e aumentou 2,7 pontos na comparação com fevereiro de 2017. Adicionalmente, o índice foi o mais elevado para o mês em quatro anos.

O indicador de nível de atividade em relação ao usual marcou 28,6 pontos em fevereiro (valores abaixo de 50 pontos mostram atividade inferior à habitual para o mês). O índice decresceu 6,6 pontos em relação a janeiro e caiu 1,7 ponto frente a fevereiro de 2017.

O indicador de evolução do número de empregados recuou 4,5 pontos entre janeiro (40,2 pontos) e fevereiro (35,7 pontos) e permaneceu abaixo de 50 pontos, sinalizando retração do emprego na construção. O índice mostrou queda do número de empregados superior à de fevereiro de 2017 (37,1 pontos), porém menos intensa que os recuos observados nos meses de fevereiro de 2015 (32,9 pontos) e de 2016 (28,8 pontos).

Os índices de expectativa informam as perspectivas dos empresários com relação à atividade, à compra de insumos e matérias-primas, aos novos empreendimentos e serviços e ao número de empregados nos próximos seis meses. Valores acima de 50 pontos apontam expectativas de crescimento. Pelo terceiro mês consecutivo, o indicador de expectativa de nível de atividade aponta aumento da atividade, com 52,5 pontos em março. O índice cresceu 1 ponto em relação a fevereiro e 5,7 pontos frente a igual mês de 2017. Foi o mais elevado para março em cinco anos.

O indicador referente à compra de insumos e matérias-primas (51 pontos) também ficou acima de 50 pontos pelo terceiro mês, apesar do recuo de 1,2 ponto na comparação com fevereiro. O índice cresceu 5,7 pontos ante março de 2017 e foi o maior para o mês em cinco anos.

O indicador de expectativa de novos empreendimentos e serviços aumentou 1,6 ponto frente a fevereiro, atingindo 52,5 pontos em março. O índice cresceu 8 pontos na comparação com março de 2017 e foi o mais elevado para o mês em quatro anos.

Em linha com as perspectivas positivas de evolução da atividade, os empresários da construção esperam elevação do número de empregados nos próximos seis meses, conforme índice de 51,7 pontos em março. O índice, 0,6 ponto superior ao de fevereiro e 7,4 pontos maior que o de março de 2017, foi o mais elevado para o mês em quatro anos.

O índice de intenção de investimento recuou 2,8 pontos entre fevereiro (30,6 pontos) e março (27,8 pontos), sinalizando menor disposição de investir dos empresários. Como resultado, o indicador voltou a ficar abaixo da sua média histórica (30,3 pontos). A série teve início em novembro de 2013 e atingiu seu maior patamar em maio de 2014 (47,3 pontos). O índice varia de 0 a 100 pontos e, quanto maior o valor, maior é a intenção de investimento.

A Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais é elaborada pela Gerência de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).

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