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Arie Halpern: o papel da tecnologia contra o aquecimento global

19 set 2018 - 10h28
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O recente aceno do presidente Donald Trump à volta do uso de carvão em larga escala aumentou as dúvidas quanto ao sucesso dos esforços para diminuir o impacto da mudança climática no planeta. Somado a isso está a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris - tratado internacional para combater o aquecimento global. Segundo reportagem publicada pela revista "Independent", a alteração no clima pode custar até US$ 1,8 trilhão à economia mundial até 2030, pelas consequências negativas do calor intenso sobre a produtividade.

Foto: Arie Halpern - Disruptivas e Conectadas / DINO

Essa crescente apreensão com as decisões de um dos países que mais emitem gases de efeito estufa, por conta do tamanho de sua indústria, aumenta as expectativas em relação às respostas que a inovação tecnológica pode oferecer para o problema. Felizmente, há diversas iniciativas no campo da pesquisa para minimizar e conter o processo de mudança do clima e há diversas possibilidades a se explorar. A tecnologia é forte aliada no combate ao aquecimento global.

Energia Limpa

A preocupação com a redução na emissão de gases de efeito estufa é um dos focos do desenvolvimento tecnológico na área de energia. Uma das mais conhecidas figuras entre as empresas de tecnologia, Bill Gates, está apostando na energia limpa como via para desacelerar o aquecimento global. Em conjunto com outros grandes empresários, o criador do Microsoft criou um fundo de captação de recursos e investimentos para incentivar pesquisas na área de energia ecológica, o Breakthrough Energy.

Já a companhia canadense General Fusion está apostando em inovações no setor de energia nuclear para reproduzir as reações que ocorrem dentro do sol: a empresa usa tecnologia de ponta para alimentar uma usina que aquece hidrogênio a cinco milhões de graus Celsius. O vapor oriundo desse aquecimento gira uma turbina e produz eletricidade. Segundo o CEO da empresa, Christofer Mowry, a Genreal Fusion conseguirá fornecer energia suficiente para 10 mil casas no período de um ano com apenas 10 litros de água. O projeto ainda está em seus primórdios, mas, segundo a empresa, está avançando de maneira rápida.

Carros Elétricos

A área de energia para transportes é outra frente importante. A frota de mais de 1 bilhão veículos no mundo responde por 23% das emissões de gás poluente. Não é difícil imaginar como a substituição de combustíveis derivados de petróleo é importante para evitar a piora do cenário global.

Apesar de as pesquisas com esse tipo de veículo já apresentarem décadas de avanço, o maior desafio é mudar o costume das pessoas. Um dos pais do conceito de disruptura, o professor de Harvard Clayton Christensen, é cético em relação à possibilidade de os carros convencionais serem substituídos pelos elétricos, principalmente em razão do preço. Para ele, é mais provável que a disruptura ocorra nas beiradas do mercado, como por exemplo no uso de carros elétricos como meio de transporte para os jovens irem à escola ou circularem pelo bairro. Nesse nicho, em lugar de competir, estariam criando um novo mercado de consumo.

Lixo Eletrônico

As baterias atuais, feitas com lítio - um tipo de metal alcalino - são extremamente danosas para o meio ambiente. Esse tipo de bateria, chamada de íon lítio, criou inúmeros problemas para uma conhecida fabricante de celulares, cujos smartphones explodiram e pegaram fogo -- a empresa teve de ordenar um recall de todos os aparelhos. Diante de tal problema, uma companhia de Massachussets chamada SolidEnergy System desenvolveu uma nova bateria de lítio, apelidada de "metal lítio", que pode dobrar o tempo de funcionamento de um aparelho celular e diminuir o tempo necessário para recarga. Esse novo modelo corre menos risco de curto-circuito e vazamento de lítio, pois é revestido com um material muito mais resistente, podendo até mesmo ser usado em carros elétricos.

Outra empresa que está desenvolvendo produtos no setor é a israelense StoreDot. Ela criou um protótipo de bateria que utiliza tecnologia de ponto quântico capaz de recarregar em pouco tempo: 30 segundos. O propósito dessa bateria é ser durável o suficiente para que o usuário não tenha que se livrar dela mesmo após um longo período de uso. Segundo seus fabricantes, a ideia é que o produto final seja adaptável para diversos tipos de aparelho, evitando a produção de lixo eletrônico toda vez que uma pessoa troca de smartphone.

A tecnologia pode ser uma das nossas maiores aliadas para contornar o problema climático, mas é importante que os investimentos nessa área sejam estimulados por políticas adequadas e não se deixe tudo a cargo da espontaneidade do mercado. É preciso que o governo dê incentivos às empresas que buscam soluções sustentáveis a fim de estimular as inovações que irão salvar o planeta no futuro.

Website: http://www.ariehalpern.com.br/o-papel-da-tecnologia-contra-o-aquecimento-global/

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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